quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Estudo 12 - Discipulado segundo o Exemplo de Jesus

COMO FAZER DISCÍPULOS SEGUINDO O EXEMPLO DO SENHOR JESUS CRISTO
(João 17.6-25)

Ser cristão é fazer o que o Messias fez e mandou fazer. Não há como escapar desta constatação: Ele fez e mandou fazer discípulos! Então, pergunto: onde estão os seus discípulos? Ou melhor, de quem você é discípulo? As dificuldades que a maioria dos cristãos tem de responder a estas duas indagações comprovam que há algo errado com os rumos que a Igreja tomou. Discipular é a razão de ser da Noiva do Cordeiro na Terra.
A oração de Jesus em favor de seus Doze, em João 17, nos oferece preciosas dicas de como devemos proceder para cumprir nossa vocação de fazer discípulos de todas as nações. Observe atentamente cada um dos seis destaques e permita que o Espírito trabalhe em sua mente na medida que caminhamos no texto bíblico.

1) O Senhor confia os discípulos: Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim... (v. 6).
A ordem de “fazer discípulos” pressupõe o cuidado de ministrar às vidas que o próprio Deus nos entrega. Os discípulos são do Senhor e jamais serão nossos. Como Deus zeloso que Ele é, confia seus filhos aos cuidados daqueles servos que buscam Nele unção para cuidar de vidas. Quais seus critérios para escolher uma babá para seus filhinhos? Pois o Todo-Poderoso tem critérios para escolher a quem confia Seus filhos. Ele escolhe pessoas que vivam a Palavra.

2) Nossa ferramenta: Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram (v. 8).
A Palavra de Deus é insubstituível como ferramenta para moldar as vidas, tornando-as imitadoras de Cristo. É a Palavra que produzirá diferença nas vidas, liberando-as do padrão mundano, exatamente como o Senhor orou: Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo (v. 15). O apóstolo Paulo também teve este cuidado de transmitir toda a palavra aos seus discípulos, conforme deixou claro em seu sermão de despedida dos líderes da igreja em Éfeso (Atos 20.27). Porém, a ministração da Palavra necessita ser acompanhada da cobertura espiritual e da oração.

3) Nossa obrigação: Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus... Pai santo, protege-os em teu nome... (vs. 9 e 11).
Como discipuladores nos cabe agir como Jesus e cobrir nossos “filhos” com rogos, súplicas e intercessões. Na mesma oração, o Senhor faz questão de clamar por livramento diante das ameaças do Maligno (v. 15). Certa vez Jesus alertou a Pedro que Satanás havia requerido o direito de prová-lo, mas acrescentou: Eu roguei por você, para que sua fé não esmoreça! (Lc 22.31). O Senhor sempre confiará seus filhos aos cuidados de servos que vivam a Palavra, pratiquem a vida de oração e sejam comprometidos e responsáveis.

4) Continuam sendo Dele: ... pois são teus (v. 9).
Não fazemos discípulos para nós mesmos, mas para o Senhor. Ele nos dá as vidas e a unção para cuidar delas, mas o Pai e Pastor das vidas é o Senhor. Longe de nós objetivarmos glórias ou proveitos pessoais. De nossa parte deve haver a busca por nos apresentarmos a Ele como bons despenseiros (os servos que cuidam da despensa) – 1Co 4.1,2

5) A maior necessidade: para que sejam um, assim como somos um (v. 11).
Note como a oração de Jesus é enfática na questão da unidade dos seus discípulos. Além do verso 11, também os versos 22 e 23 contém rogos do Senhor em favor desta mais premente necessidade. Afinal, sem unidade não há conquistas. A divisão enfraquece, desqualifica, escandaliza e afugenta os discípulos. A referência de unidade que o Senhor nos dá é a própria unidade entre o Filho e o Pai. Este nível de unidade estarrece o mundo e testifica que somos do Senhor.


6) Missão apostólica: Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo (v. 18).
Há uma autoridade sobrenatural em nós, da parte do Deus Eterno. Temos como Missão servir como instrumentos ao Espírito Santo para prosseguir a Obra iniciada pelo Senhor: pregar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos presos, recuperar vista aos cegos, libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor (Lc 4.18,19).
É tempo de a Igreja de Jesus reconhecer a defasagem em relação ao discipulado. Quando a Igreja não discipula, ela não gera um exército, mas um ajuntamento inoperante. Jesus dedicou-se a formar discípulos e foi muito bem sucedido em sua empreitada, deixando doze que cumpriram com muita eficiência sua missão. A incumbência que recebemos é de continuarmos fazendo discípulos. Nada de membros, religiosos, consumidores, adeptos ou qualquer outro termo que possa ser aplicado à igreja, mas que implique em diminuir a responsabilidade e a abrangência da nossa missão. O Mestre mandou fazer discípulos!

Qual a Necessidade deste Ensino?

Muitos irmãos crêem que há várias maneiras de se fazer a obra de Deus. Crêem que uns podem fazer de uma forma, outros de outra. Uns fazem “discipulado”, outros fazem grandes reuniões; uns fazem evangelismo pessoal, outros fazem evangelismo de massa. Uns fazem guerra espiritual, outros fazem estudos bíblicos. Alguns outros crêem que a obra de Deus deve ser feita com uma combinação de todos estes métodos.
Aqueles que fazem estas afirmações, não vêem outra coisa além de métodos. Este e o problema com o tal do “discipulado”. Para muitas pessoas não passa de mais um método. O método do discipulado geralmente consiste em reunir alguns irmãos e passar a eles o ensino de alguma apostila.

Jesus não mandou fazer discipulado, Ele mandou fazer discípulos; e isto não é um método descartável, é um princípio inquestionável da obra de Deus.

Alguns nos perguntam se nós cremos que temos o “método” correto. Pensamos que todos deviam copiar nossa maneira de fazer a obra. Outros chegam a nos acusar que pesamos que é isto mesmo ou que somos melhores. Há ainda outros, que sinceramente querem fazer discípulos, e nos perguntam até que ponto necessitam fazer como estamos fazendo. Querem saber que coisas são indispensáveis e quais as que podem mudar conforme a circunstância e o local em que se trabalha. O objetivo deste estudo é trazer clareza sobre estas questões.

Métodos ou Princípios?

Precisamos entender algo básico. Os Métodos São Relativos, Mas Os Princípios São Absolutos.
Isto é, os métodos podem mudar conforme o tempo, o local e as circunstâncias, mas os princípios não mudam nunca. Os princípios são inquestionáveis e permanentes. Por isso, descobrir e praticar princípios são fundamentais na obra de Deus.
Todas as nossas práticas ou métodos devem se originar de princípios. Não importa quantas práticas tenhamos, ou quanto estas práticas mudem, elas devem emanar de princípios imutáveis.

PRINCÍPIOS são ABSOLUTOS
PRÁTICAS são RELATIVAS.

A respeito destas coisas, encontramos hoje um engano comum: pensa-se que apenas o alvo é absoluto na obra de Deus, mas a estratégia é relativa. “O Que” Deus quer é absoluto, mas “O Como” Deus quer é relativo. O que importa é o objetivo, mas cada um procura alcançá-lo da maneira que bem entender.

Afirmamos Que Isto É Um Engano. Não podemos fazer a obra de Deus da maneira que quisermos. Os objetivos de Deus são sublimes, são divinos. Ele não nos dá uma obra tão tremenda e diz: “façam como quiserem”. Isto não quer dizer que ele vai nos dar detalhes sobre as práticas. Mas vai nos orientar quanto aos princípios da obra, a respeito “Do Que” ele quer e “De Como” ele quer.

Princípios Absolutos da Obra em Geral

1) O Propósito Eterno De Deus
Ninguém pode questionar Romanos 8.28-29 que declara que o propósito de Deus é uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Se quisermos cooperar com Deus, temos que trabalhar em função disto. Não podemos trabalhar para: salvar muita gente, encher o salão, mantê-los na igreja, ter um trabalho grande e reconhecido, etc. Se não trabalhamos como Paulo (Cl 1.28; Ef 4.12,13), não cooperamos com Deus de maneira completa.

2) Jesus É O Nosso Único Ponto De Referência
Não devemos olhar apenas para Jesus Cristo na cruz, na ressurreição ou no trono. Devemos olhar para o Jesus obreiro, sua maneira de operar, sua estratégia de ação. Os homens de sucesso e os ministérios reconhecidos mundialmente não servem como ponto de referência. Apenas na medida em que eles seguem a Jesus. Ver Mt 17.1-8; Hb 1.1-3.

3) A Palavra Apostólica É A Nossa Única Fonte De Informação
O Velho Testamento é útil (2Tm 3.16), mas não serve como base. O Velho Testamento contem as sombras e figuras (Cl 2.16-17; Hb 8.5; 9.23; 10.1), contudo, no Novo Testamento encontramos a realidade que é Jesus E A Igreja. Se quiséssemos edificar uma nação terrena, deveríamos buscar os princípios para esta obra no Velho Testamento; porém a igreja é uma nação celestial (Ef 2.6; Hb 12.22), e os princípios para sua edificação estão no Novo Testamento (ver ainda Gl 4.8-11). Jesus, em Seu julgamento declarou: “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).

4) A Ordem de Jesus é Que Façamos Discípulos (Mt 28-18-20)
Para entendermos bem que obra é esta, temos que ir ao Novo Testamento e ver com cuidado:
a) O que era um discípulo para Jesus (Lc 14.26-27; 14.33; Jo 8.31; 13.34-35; 15.8);
b) Como Jesus fazia discípulos, que mensagem pregava e que condições colocava (Mt 18-19; 9.9; 19.16-22; Lc 9.57-62; 14.26-33);
c) Como ele cuidava dos discípulos (Mc 3.14; Jo 17; Mt 5.1-2).

Não Podemos Considerar Esta Maneira De Jesus Trabalhar, Como Algo Relativo. Devemos Fazer Como Ele Fez.

5) A Única Pregação Que Forma Discípulos É A Pregação Do Evangelho Do Reino
Temos que conhecer bem a diferença entre o evangelho do reino e o evangelho das ofertas. Se pregarmos salvação sem as condições do discipulado, não vamos formar discípulos, mas um ajuntamento de gente sem compromisso e submissão a Deus, com os quais Deus não tem, também, compromisso de salvação.

6) A Estratégia De Deus Para Cumprir O Seu Propósito É O Serviço Dos Santos
Se não entendemos bem Ef 4.11-16, podemos até juntar muita gente, mas nunca vamos cooperar a fundo com o propósito de Deus revelado em Rm 8.28-29 e Ef 4.13.

7) Todo Reconhecimento Do Ministério Deve Ser Pelo Fruto Do Serviço (Mt 7.16)
Deve haver fruto de vidas alcançadas, transformadas, edificadas, para que alguém vá crescendo no ministério. Nos setores mais tradicionais da igreja, o reconhecimento vem através de um curso teológico. Nos setores chamados “renovados”, o reconhecimento é pelo carisma, ou pela eloqüência no ensino. No Novo Testamento os líderes surgiam no seio da própria igreja, e eram reconhecidos por sua vida reta e pelo serviço (Tt 1.5-9).

8) Os Pastores, e Outros Líderes Devem Ser e Fazer Tudo Aquilo que Querem que os Demais Discípulos Sejam e Façam. (At 1.1; Hb 5.1-3)
Devem ser o exemplo, não apenas quanto a sua santidade pessoal, mas também quanto ao serviço. Devem se relacionar nas juntas e ligamentos (Ef 4.16; Cl 2.19), pregar o evangelho, fazer discípulos, edificá-los, formar igrejas nos lares, etc.

9) Todo Ensino e Estrutura deve se manter na simplicidade. (2Co 11.3)
Não devemos ter um “pacote” muito grande. Paulo deu todo o conselho de Deus aos Efésios em apenas três anos (At 20.27). Jesus mandou guardar todas as coisas que Ele ordenou, não toda a Bíblia. Se a igreja está cheia de intelectualismo bíblico, ou está sempre atrás de novidades, será muito difícil edificar discípulos. A novidade na igreja é que o amor e a obediência aumentem, e muitos novos se convertam ao senhor.

10) Tudo isto se faz nas Casas (At 2.46; 5.42; Rm 16.10,14,15; 1Co 16.15,19; Cl 4.15)
O Espírito Santo levou a igreja para as casas, não para fazerem reunião, ou “ponto de pregação”, com oração cântico e pregação, mas para serem tudo o que a igreja deve ser, principalmente desenvolver o ministério dos santos. Em grandes reuniões, com muita gente, não se pode ordenar os santos para o seu ministério. Por isso devemos nos reunir nas casas, em grupos pequenos.

Princípios Absolutos Específicos do DISCIPULADO NO GRUPO DE 12.

1) Que Seja UM Grupo DEFINIDO.
Jesus escolheu e definiu o grupo com quem iria andar. Foi os que Ele quis (Mc 3.13,14).

2) Que Todos Do Grupo Entendam Qual É A Obra Do Grupo
Devem ter uma mente libertada das reuniões. Devem entender que a principal obra não é a que é feita no encontro do grupo, mas a que é feita no dia a dia, por todos os integrantes do grupo: o companheirismo, o evangelismo de pessoas não crentes, as visitas, o cuidado com os discípulos, o encontro com o discipulador, a liderança de uma célula, etc.

3) Que Os Líderes Sejam Formados Em Tudo Aquilo Que Devem Produzir Nos Grupos
Os discípulos precisam ter uma verdadeira experiência como discípulos a fim de serem formados como discipuladores. O discipulador precisa ser um líder de célula que ganha, consolida e discipula. Sua experiência e testemunho resultarão em edificação dos discípulos e a formação de discipuladores (1Co 11.1,2).

4) Que Se Trabalhe Por Níveis
Jesus é o modelo do ministério, Ele trabalhava por níveis; tinha as multidões, os 500, os 120, os 70, os 12, e entre estes, Pedro, João e Tiago. Cada nível corresponde uma intensidade de acompanhamento. É importante concentrar o discipulado dos seus doze, cada um deles se concentrará em seus doze e assim por diante, formando as gerações de discípulos, com qualidade no discipulado e acompanhamento de cada um individualmente.

5) Que os DISCÍPULOS do Grupo Sejam cheios de vida e de Participação
Os discípulos que fazem parte do grupo, não apenas devem participar das reuniões de discipulado, mas trabalharem durante a semana, participarem com suas orações, testemunhos de suas experiências com o Senhor e na obra, enfim, como o crescimento espiritual e individual e com o Corpo de Cristo.

6) Que se faça o Trabalho do Senhor.
Jesus passou a maior parte do seu ministério nas ruas. Mesmo quando edificava seus discípulos, estava na rua. Isto criava ampla possibilidade de constante evangelismo. Discípulos medrosos, que querem ficar sempre dentro de casa, dificilmente vão dar continuidade a obra. Devemos sair em grupos, sair com os companheiros, com os discípulos, com os mais maduros, com o grupo todo, de todas as formas e em todas oportunidades possíveis.

A formação de discípulos

1) JESUS E SEUS DISCÍPULOS - Para tratarmos sobre a formação de discípulos, temos que aprender com o Senhor Jesus, que começou a fazer discípulos e nos ordenou continuar.

2) JESUS COMO ESTRATEGISTA - Como vemos Jesus? Muitas vezes nós só vemos Jesus como aquele que falou da parte de Deus, realizou curas, expulsou demônios, ressuscitou mortos, fez muitos milagres, etc. Mas será que vemos Jesus como um estrategista? Vemos como aquele que tinha um alvo e um plano estratégico para atingi-lo.

3) POR QUE JESUS SE CONCENTROU EM DOZE HOMENS - Jesus, ao concentrar seu trabalho em doze homens, nos revela um plano estratégico. Ele tinha muitos seguidores, mas como poderia cuidar de todo aquele povo, que era como ovelhas sem pastor, e, ao mesmo tempo, dar continuidade à obra que veio realizar da parte do Pai? Ele tinha compaixão pelo povo sem quem o liderasse. O que ele poderia fazer diante de tão grande necessidade? Se não podia tomar conta de todas as pessoas, teria, então, que ter obreiros que cuidassem delas. Por isso, seu ministério desenvolveu-se mais no cuidado pessoal de alguns homens, para que estes, uma vez cuidados pessoalmente e preparados para a obra, dessem continuidade ao que ele veio fazer. Assim, nasceu o discipulado de Jesus com seus doze discípulos (Mt 9.27,28 e 10.1,5a).

4) O PRINCÍPIO DE DISCIPULADO JÁ EXISTIA - O princípio de discipulado empregado por Jesus com seus doze discípulos já existia.As palavras discípulo e fazer discípulos têm sua idéia original, como a raiz do grego indica, na prática da antigüidade dos povos do oriente, de um aprendiz seguir seu mestre e seu ensino.Na palavra de Deus encontramos várias referências deste relacionamento:

• Os discípulos de Moisés (João 9.28)• Os discípulos dos profetas (2 Reis 4.1,38)• Discípulos dos levitas músicos (1 Crônicas 25.8)• Discípulos de João Batista (Mateus 9.14)• Os Discípulos dos fariseus (Lucas 5.33)• Discípulos de Jesus, tendo como primeira referência, dentre muitas outras, (Mateus 5.1)• Os Discípulos de Paulo (Atos 9.25)

5) O PLANO ESTRATÉGICO - Em Marcos 3:14-15, encontramos o plano estratégico de Jesus para desempenhar sua obra.“Então designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar, e a exercer a autoridade de expedir demônios.”

6) O Plano Geral - Quando lemos o plano de Jesus em Marcos 3:14-15, entendemos que ele chama os doze a fim de estarem com ele, e ao mesmo tempo, os envia a pregar, etc. Mas em 6.7 diz que eles só são enviados mais tarde. Como entender? É que em 3. 13-15, o plano é dado num sentido geral, mas, depois ele é especificado.As duas etapas do plano:No plano estratégico de Jesus há duas preposições: “a fim de”, que especificam duas etapas:- Primeira etapa: “a fim de estarem com ele” - Compreende os capítulos 3.14 a 6.7- Segunda etapa: “a fim de os enviar a pregar..." - A partir do capítulo 6.7

Primeira etapa do plano: A primeira etapa do plano estratégico de Jesus era de os discípulos simplesmente “estarem com ele”. Vai do capítulo 3.14 até 6.7. Era o começo do discipulado de Jesus.Discipulado para Jesus era isto: os discípulos estarem junto com ele. Era um relacionamento intenso e íntimo. Esta foi a maneira mais eficiente que Jesus encontrou para servir e ensinar seus discípulos. Eles aprendiam vendo Jesus fazer (Atos 1.1) Tudo o que Ele queria que seus discípulos fizessem, antes Ele dava exemplo. O exemplo é o melhor ensino. Por isso, para Jesus, o discipulado não era mais um método, um programa, um grupo de estudos, uma reunião, uma entrevista. Não, discipulado para Jesus era um principio fundamental, Ele mesmo se deu para seus discípulos. E nesta primeira etapa, os discípulos aprendiam de Jesus e mais tarde praticavam o que recebiam. Neste tempo, Jesus estava formando suas vidas e equipando-os para a obra.

Segunda etapa do plano: Depois de os discípulos aprenderem de Jesus, e ainda continuarem aprendendo dele, eles, agora, são enviados à obra. A partir do capítulo 6.7, eles começam a fazer o que aprenderam com Jesus. Eles pregam o Evangelho do Reino, expelem demônios, curam enfermos (6.7-30). Mas eles não faziam a obra sozinhos. Jesus os tinha enviado de dois a dois (6.7). Eles estavam vinculados com Jesus, e vinculados entre si. O vínculo com Jesus é o discipulado; e o vínculo entre eles é o companheirismo. E quando eles voltavam das caminhadas evangelísticas lhe relatavam tudo o que tinham feito e ensinado (6.30). Ele começou sua obra com os doze, atingindo em primeiro lugar as ovelhas perdidas de Israel, e depois as ovelhas perdidas do mundo.

7) A ESTRATÉGIA E OS RECURSOS ESTRATÉGIA: Já vimos que Jesus se concentrou em poucos homens e os discipulou. É a prática mais eficiente de se formar uma vida e de equipar para a obra.

RECURSOS: Nos textos paralelos do chamado e envio dos doze, (Mateus 10.1-4 e Marcos 3.13-19 com 6.7 , 12 , 13, e Lucas 9.1, 2) , podemos dizer que há um tripé, que também se repete em outras situações:1º) pregação do Evangelho do Reino;2º) expulsão de demônios;3º) cura das enfermidades.
São recursos de Deus para o cumprimento da sua estratégia, concedidos para os apóstolos e para nós. A pregação do Evangelho do Reino trata com o fim da independência e rebeldia do homem para com Deus, e o começo de uma vida dependente e obediente em tudo a Ele. É O Evangelho do Governo de Deus.A expulsão de demônios e a cura das enfermidades tratam com a conseqüência do pecado do homem e a sua libertação destes males.

8) O PRINCÍPIO DOS PEQUENOS GRUPOS - Jesus ensinou e equipou os discípulos, tanto individualmente como juntos. Ele andava, pregava, ensinava, fazia a obra com todos. Assim eles aprendiam com Jesus e uns com os outros. Não fazia uma obra isolada, mas corporativa. É o princípio dos pequenos grupos de discípulos. Os evangelhos chamam o grupo dos discípulos de Jesus: “os doze”. É a igreja de dois ou três, doze ou mais discípulos. São as células. É a igreja nas casas. É o modelo de igreja que Jesus deixou para nós seguirmos.

9) RESUMO DA ESTRATÉGIA DE JESUS - Podemos apontar os oito princípios da sua obra.

1) Seleção (Lucas 6.13). Selecionou doze discípulos para entrarem com ele.
2) Associação (Marcos 3.14; 6.7 ; Lucas 6.14,15). Associou os discípulos consigo pelo discipulado, e entre eles, pelo companheirismo.
3) Consagração (Mateus 11.29). Esperava que os homens que o acompanhavam lhe fossem obedientes em tudo.
4) Transmissão (João 17.8). Transmitiu-lhes tudo o que recebera do Pai.
5) Demonstração (João 13.15). Antes de mandar fazer qualquer coisa, dava-lhes demonstração de como fazer.
6) Delegação (Mateus 4.19). Deu do seu poder e autoridade para seus discípulos fazerem discípulos dentre o povo judeu, e, mais tarde, dentre todos os povos (Mateus 28.19).
7) Supervisão (Marcos 6.30). Quando os discípulos voltavam das caminhadas evangelísticas, davam relatório a Jesus de tudo quanto haviam feito e ensinado, assim Jesus podia ajudá-los, fortalecê-los, aperfeiçoá-los, e prepará-los para as novas tarefas.
8) Reprodução (João 15.16). Jesus tinha como meta que seus discípulos reproduzissem outros discípulos, e assim expandissem sua obra.


DISCIPULADO 12.

Nome: ______________________________________________

Data: ____/____/____ - Discipulador: _____________________

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO (Responda em seu caderno).

1) Segundo o ensino de Jesus e no Novo Testamento existe diferença entre ser cristão e ser discípulo? Por que?


2) Qual a missão da Igreja?


3) Qual a maneira de fazer a Obra de Deus?


4) Qual deve ser a experiência de alguém para ser um líder e um discipulador?


5) Qual a primeira parte do plano de Jesus para fazer discípulos?


6) a Igreja e o Reino de Deus tem como base o Velho Testamento, ou o Novo Testamento? Edificamos uma nação terrena, ou uma nação celestial? Fundamente a sua resposta com textos bíblicos.


7) Resumindo este estudo. Qual a estratégia adotada por Jesus, que Ele nos ordenou e que devemos obedecer? Como você espera aplicar isso?



(Responda em seu caderno e faça o melhor que puder. Ministre aos seus discípulos).

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