Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.
Texto Básico. 2Pedro 2.9,10
Quebra-gelo. Preparar algumas bolinhas de papel, ou bolinhas de borracha, o que lhe parecer melhor. A uma certa distância colocar um cesto, ou uma caixa, enfim, um alvo para se atirar as bolinhas. Dar a cada participante da célula três chances de acertar o cesto. Tirar as seguintes lições dessa atividade: devemos mirar o alvo, devemos nos concentrar e devemos atirar na direção certa. Os resultados imediatos e simples é que sentimos satisfação ao acertar o alvo e frustração quando erramos. Quando erramos, tentamos na próxima vez fazer melhor: mira, concentração e ajustar a direção. Quando acertamos tentamos repetir a técnica e, se possível, aperfeiçoar ainda mais a mira, a concentração e a direção.
Introdução. Quando temos em mente um determinado propósito e um alvo a alcançar, devemos planejar os passos necessários para alcançá-los. Não podemos agir de qualquer forma, usar qualquer estratégia e atirar em qualquer direção. Precisamos estabelecer uma estratégia específica e buscar os meios corretos e coerentes que nos levarão a alcançar o propósito e o alvo pretendidos. Assim é Deus que determinou Seu propósito eterno e definiu a estratégia, os passos e os recursos a serem aplicados. A igreja é o instrumento do propósito divino e provida por Deus de todos recursos necessários para a realização e cumprimento do Seu propósito eterno.
“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele” (Efésios 3.4-12).
A IGREJA COMO NAÇÃO SACERDOTAL
1) Israel. Ao estabelecer Israel como nação Deus disse que todos seriam sacerdotes. O povo, porém rejeitou o sacerdócio porque temeu achegar-se à presença de Deus. Os descendentes de Levi, uma das tribos de Israel, foram, então, separados para o serviço do Senhor e Arão e seus descendentes designados a fim de exercer o sacerdócio. Moisés, que conhecia o propósito do coração de Deus, também desejava que todo povo fosse profeta.
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.5,6).
“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis” (Êxodo 20.18-20).
“Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o Seu Espírito sobre ele!” (Números 11.29).
2) A Promessa. Deus anunciou através do profeta Joel que derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. E Jesus falou dessa promessa que capacitaria Sua Igreja a ser Sua testemunha para todas as nações da terra.
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2.28,29).
“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.4,5,8).
3) A Igreja. Com o estabelecimento da Igreja e batismo com o Espírito Santo no dia de Pentecostes cumpre-se o propósito de Deus de ter uma nação de sacerdotes.
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1Pedro 2.9,10).
Conclusão. Estas palavras romperam com a tradição judaica em que o ofício sacerdotal era restrito a poucos dentro o povo de Deus. Esta era uma das limitações do Velho Testamento. Esta limitação foi rompida com a manifestação do Filho de Deus que foi sumo-sacerdote e, Ele mesmo, sacrifício perfeito em favor de nossa salvação e de nos fazer povo especial de propriedade exclusiva de Deus – um reino de sacerdotes.
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção... Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.11,12,24-28).
Segundo a obra realizada por Cristo Jesus em cumprimento ao propósito eterno de Deus todos os filhos de Deus e membros de Sua grande familia são sacerdotes. Infelizmente muitos têm perdido esta visão e adotando práticas do Velho Testamento, estabelecendo uma linhagem de hierarquia. A verdade da Nova Aliança no sangue de Jesus é que todos nós somos sacerdotes, filhos de Deus e discípulos, que devemos pagar o mesmo preço de consagração, renúncia e, cada dia, levar a cruz.
Aplicação. A fim de alcançarmos o alvo e o propósito de Deus precisamos entender Sua estratégia: ele nos fez sacerdotes para as nações, de modo que apresentemos o Seu testemunho a todos os povos da terra. Ler a Bíblia, desenvolver uma profunda intimidade com Deus através da oração e da comunhão são condições de um discipulado a que todos os salvos são chamados e vocacionados. Na visão de Jesus para Igreja, que está edificada sobre ele mesmo como fundamento, não existem “super astros do púlpito”; mas todos são membros do Corpo de Cristo e os ministérios que são distribuidos entre todos têm a finalidade de edificar da Igreja em amor.
Oração. Orem todos, pedindo que Deus lhes mostre a estratégia dele para a vida de cada um, de modo que acertem o alvo e se cumpra todo o propósito de Deus.
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