quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Lição para Célula - 06 - Propósito Eterno - A Igreja como Nação Sacerdotal

Lição 06 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – A IGREJA COMO NAÇÃO SACERDOTAL.
Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. 2Pedro 2.9,10

Quebra-gelo. Preparar algumas bolinhas de papel, ou bolinhas de borracha, o que lhe parecer melhor. A uma certa distância colocar um cesto, ou uma caixa, enfim, um alvo para se atirar as bolinhas. Dar a cada participante da célula três chances de acertar o cesto. Tirar as seguintes lições dessa atividade: devemos mirar o alvo, devemos nos concentrar e devemos atirar na direção certa. Os resultados imediatos e simples é que sentimos satisfação ao acertar o alvo e frustração quando erramos. Quando erramos, tentamos na próxima vez fazer melhor: mira, concentração e ajustar a direção. Quando acertamos tentamos repetir a técnica e, se possível, aperfeiçoar ainda mais a mira, a concentração e a direção.

Introdução. Quando temos em mente um determinado propósito e um alvo a alcançar, devemos planejar os passos necessários para alcançá-los. Não podemos agir de qualquer forma, usar qualquer estratégia e atirar em qualquer direção. Precisamos estabelecer uma estratégia específica e buscar os meios corretos e coerentes que nos levarão a alcançar o propósito e o alvo pretendidos. Assim é Deus que determinou Seu propósito eterno e definiu a estratégia, os passos e os recursos a serem aplicados. A igreja é o instrumento do propósito divino e provida por Deus de todos recursos necessários para a realização e cumprimento do Seu propósito eterno.

“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele” (Efésios 3.4-12).

A IGREJA COMO NAÇÃO SACERDOTAL

1) Israel. Ao estabelecer Israel como nação Deus disse que todos seriam sacerdotes. O povo, porém rejeitou o sacerdócio porque temeu achegar-se à presença de Deus. Os descendentes de Levi, uma das tribos de Israel, foram, então, separados para o serviço do Senhor e Arão e seus descendentes designados a fim de exercer o sacerdócio. Moisés, que conhecia o propósito do coração de Deus, também desejava que todo povo fosse profeta.

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.5,6).

“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis” (Êxodo 20.18-20).

“Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o Seu Espírito sobre ele!” (Números 11.29).

2) A Promessa. Deus anunciou através do profeta Joel que derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. E Jesus falou dessa promessa que capacitaria Sua Igreja a ser Sua testemunha para todas as nações da terra.

“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2.28,29).

“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.4,5,8).

3) A Igreja. Com o estabelecimento da Igreja e batismo com o Espírito Santo no dia de Pentecostes cumpre-se o propósito de Deus de ter uma nação de sacerdotes.

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1Pedro 2.9,10).

Conclusão. Estas palavras romperam com a tradição judaica em que o ofício sacerdotal era restrito a poucos dentro o povo de Deus. Esta era uma das limitações do Velho Testamento. Esta limitação foi rompida com a manifestação do Filho de Deus que foi sumo-sacerdote e, Ele mesmo, sacrifício perfeito em favor de nossa salvação e de nos fazer povo especial de propriedade exclusiva de Deus – um reino de sacerdotes.

“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção... Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.11,12,24-28).

Segundo a obra realizada por Cristo Jesus em cumprimento ao propósito eterno de Deus todos os filhos de Deus e membros de Sua grande familia são sacerdotes. Infelizmente muitos têm perdido esta visão e adotando práticas do Velho Testamento, estabelecendo uma linhagem de hierarquia. A verdade da Nova Aliança no sangue de Jesus é que todos nós somos sacerdotes, filhos de Deus e discípulos, que devemos pagar o mesmo preço de consagração, renúncia e, cada dia, levar a cruz.

Aplicação. A fim de alcançarmos o alvo e o propósito de Deus precisamos entender Sua estratégia: ele nos fez sacerdotes para as nações, de modo que apresentemos o Seu testemunho a todos os povos da terra. Ler a Bíblia, desenvolver uma profunda intimidade com Deus através da oração e da comunhão são condições de um discipulado a que todos os salvos são chamados e vocacionados. Na visão de Jesus para Igreja, que está edificada sobre ele mesmo como fundamento, não existem “super astros do púlpito”; mas todos são membros do Corpo de Cristo e os ministérios que são distribuidos entre todos têm a finalidade de edificar da Igreja em amor.

Oração. Orem todos, pedindo que Deus lhes mostre a estratégia dele para a vida de cada um, de modo que acertem o alvo e se cumpra todo o propósito de Deus.

Lição para Célula - 05 - Propósito Eterno - Nossa Vocação dentro do Propósito Eterno

Lição 05 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – NOSSA VOCAÇÃO DENTRO DO PROPÓSITO ETERNO.
Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. 2Timóteo 1.8-11.

Quebra-gelo. Vamos fazer uma relação de materiais necessários para construirmos uma casa. O terreno já está limpo e preparado; vamos, então, comprar os materiais de nossa lista: pedras, britas, ferragens, areia, cimento, tijolos, etc. De quem eram esses materiais antes de serem comprados para a execução do seu projeto? Agora, que foram comprados, pertencem a quem e a que se destinam? (Lider de célula: explique aos participantes que, como os materiais para uma construção são destinados àquele fim específico, o Senhor nos resgatou do mundo e do pecado com uma vocação e um chamado especiais; trata-se da construção de um edifício onde Deus possa morar em Espírito, melhor dizendo, uma família que glorifica o Seu Nome).

Introdução. Deus tudo faz com base no Seu propósito. “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho de Sua vontade” (Efésios 1.11). A Palavra de Deus nos afirma que fomos chamados segundo o propósito de Deus. Deus nos conheceu e nos predestinou (esta é a palavra que o apóstolo Paulo usou, cujos significados também são: predeterminou e ordenou) para sermos conformes a imagem do Seu Filho a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos. Deus, então, deu passos decisivos em direção ao cumprimento de Seu propósito: aos que predestinou, Ele chamou; aos que chamou, Ele justificou; aos que justificou, Ele glorificou. Nosso chamamento, portanto, está de acordo com o propósito que Deus determinou antes da fundação do mundo. É isto que precisamos descobrir e vivermos conforme este propósito eterno do Senhor Deus. Romanos 8.28-30.

NOSSA VOCAÇÃO DENTRO DO PROPÓSITO ETERNO.

“Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2Timóteo 1.8-11).

“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1.18).

Quando recebemos o entendimento do propósito eterno de Deus em nossos corações e compreendemos o nosso chamado e vocação ocorrem pelo menos três coisas fundamentais em nossas vidas.

1) Nós tornamos prisioneiros desta vocação. “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.12-14). Paulo sentia-se um preso em Cristo Jesus por causa do seu chamado e prosseguia para alcançar o alvo, que é o propósito de Deus.

2) Andamos de modo digno da vocação. “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação” (Efésios 4.1-3). Nossa vida passa a ser conduzida de acordo como a nossa vocação celestial da qual nos tornamos participantes. “Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hebreus 3.1).

3) Faremos cada vez mais firme a nossa vocação. “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pedro 1.3-11). Conforme expressou o apóstolo Pedro neste texto de sua segunda carta, nos esforçaremos a fim de confirmar nosso chamamento e vocação por meio do crescimento espiritual e do fruto do Espírito Santo em nós.

Conclusão. O propósito do coração de Deus para nós se constitui em um chamado, o que se torna a nossa vocação. Vamos concluir observando a definição dessas duas palavras.

Chamado. Escolha, designação, chamamento, convocação.
Vocação. Ato de chamar, inclinação, propensão ou aptidão para um estado ou profissão, predestinação, talento.

Deus nos chamou e nos vocacionou conforme o Seu propósito eterno: nos tornarmos uma familia de muitos filhos semelhantes a Jesus para a glória de Deus Pai, isto deve ser para nós, muito mais do que uma matéria de estudo, mas um verdadeiro motivo e roteiro de vida.

Aplicação. Jesus disse que foi Ele quem nos escolheu e nos designou para irmos e darmos frutos que permaneçam (João 15.16). Temos da parte de nosso Senhor e Salvador uma vocação e um chamado, que não se limita ao perdão dos nossos pecados e à salvação. O que já seria bastante. No entanto, o preço pago por Cristo na cruz fala de um resgate para algo ainda maior: que Cristo em nós seja a esperança da Glória. “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1.27).

Oração. Peça a Deus que ilumine os olhos do seu entendimento a fim de compreender a esperança do seu chamado e vocação de ser um filho de Deus que é parte e participante de Sua grande familia de muitos filhos semelhantes a Jesus, o primogênito.

Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes?

IGREJA BATISTA EM CÉLULAS YAVEH SHAMAH – 21 de Outubro de 2007 – KOINONIA.

O texto que vamos trabalhar hoje foi escrito pelo Pr. Charles Haddon Spurgeon.
Charles Haddon Spurgeon (1834-92) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século dezenove. Spurgeon converteu-se em Colchester em 6 de janeiro de 1850, e foi batizado no Rio Lark em Isleham em 3 de maio de 1850. Pregou seu primeiro sermão na cidade de Cottage, neste mesmo ano. Alguns de seus parentes sugerem que Charles Spurgeon entrou em uma escola religiosa independente logo após sua conversão, mas por ter uma visão diferente da ensinada por esta escola, decidiu então se juntar a uma congregação anabatista em Cambridge. Em 1854, apenas quatro anos após sua conversão, Spurgeon, então com apenas vinte anos, se tornou pastor da famosa Igreja Batista de New Park Street em Londres (anteriormente pastoreada pelo grande teólogo John Gill). A congregação rapidamente cresceu mais do que seu prédio poderia comportar, mudando-se então para o Exeter Hall, e de lá para o Surrey Music Hall. Nestes locais Spurgeon freqüentemente pregou para audiências com mais de 10.000 pessoas - e tudo isto em dias anteriores ao advento da amplificação eletrônica. Em 1861 a congregação se mudou definitivamente para o recém construído Tabernáculo Metropolitano.
Os sermões do Pr. Spurgeon são amplamente distribuídos e foram traduzidos em muitas línguas, sendo especialmente populares nos Estados Unidos. O conjunto dos trabalhos impressos do Pr. Spurgeon é volumoso. Sendo que uma de suas obras mais conhecidas é o livro intitulado "O Tesouro de Davi". Praticamente todos os trabalhos impressos do Pr. Spurgeon estão disponíveis hoje, seja através de publicações ou na Internet. Estima-se que mais de 3.560 de seus sermões sejam ainda publicados na Inglaterra ou nos Estados Unidos.


Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes?

Texto: João 6. 41-71

Um mal está no declarado campo do Senhor, tão grosseiro em seu descaramento, que até o mais míope dificilmente deixaria de notá-lo durante os últimos anos. Ele se tem desenvolvido em um ritmo anormal, mesmo para o mal. Ele tem agido como fermento até que toda a massa levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso quanto sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las.

Quando Spurgeon disse estas coisas o fermento começava a ser colocado. Hoje já está tão levedado, que as pessoas já não percebem mais a diferença. O joio cresceu tanto, que é preciso muita atenção para descobrir entre ele o trigo. Tudo isso indica, porém, que a colheita se aproxima. Você pode ainda se converter e, uma vez convertido, manter-se firme para não se escandizar nem esfriar a sua fé diante de tanta iniquidade. Porque o entretenimento tomou o lugar do verdadeiro culto. O culto que deveria ser para Deus tornou-se um festival para distrair os assistentes.

Da pregação em alta voz, como faziam os Puritanos, a Igreja gradualmente baixou o tom de seu testemunho, e então tolerou e desculpou as frivolidades da época. Em seguida ela as tolerou dentro de suas fronteiras. Agora as adotou sob o argumento de atingir as massas.

A mensagem que deveria ser de denúncia ao pecado e chamada ao arrependimento tornou-se um “passa a mão na cabeça, pois não podemos ferir as pessoas com as inconveniências das palavras duras”. Com isso o pecado que antes estava fora da igreja e era condenado, passou a ser tolerado, depois entrou dentro da igreja, que abaixou o nível porque quer alcançar as pessoas, falando a linguagem do mundo e não sendo muito diferente dele.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento para as pessoas não está dito em parte nenhuma das Escrituras como sendo uma função da Igreja. Se este é um trabalho Cristão, porque Cristo não falou dele? "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15). Isto está suficientemente claro. Assim teria sido se Ele tivesse adicionado "e proporcionem divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho." Nenhuma destas palavras, contudo, são encontradas. Não parecem ter-lhe ocorrido.

O que o Senhor Jesus ordenou foi: “preguem o Evangelho... façam discípulos... sejam testemunhas no poder do Espírito Santo”. Em nenhum momento ele disse que devemos divertir as pessoas.

Então novamente, "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores... para a obra do ministério" (Efésios 4:11-12). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia no que diz respeito a eles. Foram os profetas perseguidos porque divertiram o povo ou porque o rejeitaram? Em concerto musical não há lista de mártires.

Os servos de Deus que vemos na Bíblia e que viveram depois amaram a Jesus mais do que o mundo e obedecer a Deus era mais importante do que agradar as pessoas. Houveram muitos mártires entre os discípulos a partir de Estevão, que foi apredejado até a morte e Tiago, que foi decapitado. Os apóstolos foram presos, açoitados e mortos. A igreja é um povo que não vive em conformidade com este mundo. Por esta razão não pode ser elogiada, condecorada e premiada por este mundo. Se assim ocorrer algo está errado, pois o Jesus disse em João 15.18-25 (não deixe de ler). A maior conquista e o maior prêmio de um cristão é ser perseguido e morrer por causa da sua obediência e amor ao seu Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Além disto, prover divertimento está em direto antagonismo com o ensino e a vida de Cristo e de todos os seus apóstolos. Qual foi a atitude da Igreja quanto ao mundo? "Vós sois o sal" (Mateus 5:13), não o doce açucarado - algo que o mundo irá cuspir e não engolir. Curta e severa foi a expressão: "deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:22) Ele foi de uma tremenda seriedade.

De tudo o mundo faz brincadeira e até piadas. Certamente o que se espera entre amigos é que sejam cúmplices um do outro. Porém isso jamais será o verdadeiro amor, mas conivência e companheirismo de conveniência. Ser sal e fazer diferença sua presença e a denúncia do erro. Se assim a igreja agir verdadeiramente se tornará um inconveniente para o mundo, que o mundo tratará de expulsar. Porém o máximo que podem fazer é matar. Jesus disse que não devemos temer os que podem matar somente o corpo e nada mais podem fazer. Mas a morte de um cristão fiel é seu prêmio, pois o seu galardão – a coroa da vida – o aguarda e lhe será dada pelo próprio Senhor, que o receberá na glória com um grande “bem vindo servo fiel”. Aleluia!

Se Cristo introduzisse mais brilho e elementos agradáveis em Sua missão, ele teria sido mais popular quando O abandonaram por causa da natureza inquiridora de Seus ensinos. Eu não O ouvi dizer: "Corra atrás destas pessoas, Pedro, e diga-lhes que nós teremos um estilo diferente de culto amanhã, um pouco mais curto e atraente, com pouca pregação. Nós teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que certamente se agradarão. Seja rápido Pedro, nós devemos ganhar estas pessoas de qualquer forma". Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los.

A pregação não tem como finalidade entreter as pessoas, mas confrontar os pecados. As pessoas não são maravilhosas. As pessoas são pecadores que precisam se arrepender e consertar os seus caminhos diante de Deus. Não é apenas melhorar algumas coisas para que elas se sintam bem. Hoje existem muitas propagandas como: adquira tal bem e você será mais feliz. Emagreça e voce se sentirá melhor. Para de fumar e tenha mais saúde. Pense positivo e seja um vencedor. Tudo isto distrai as pessoas que gostam de ser bajuladas e acariciadas em suas vaidades e orgulho. Os ensinos de Jesus tratam de maneira séria o estado espiritual do homem. “Eu te amo, mas te aceito apenas com a condição de tu seres somente meu. Não te dividirei e tudo que é meu tu terás também. Eu te dou a minha carne o o meu sangue para tu beberes. Assim eu viverei em ti e tu veverás por mim”. Os ouvintes de Jesus entenderam tão bem estas palavras que disseram: assim não dá para nós. Vamos embora. Queremos algo mais leve, menos exigente. Algo que possamos ainda continuar com governo de minha vida. Eles abandonaram Jesus e já não andavam mais com Ele. Somente os doze permaneceram, pois diziam para onde iremos, tu tens as palavras da vida eterna e temos cirdo e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente. Jesus deixou aquelas pessoas irem. Ele não diminuiu as exigências e não facilitou as coisas para que as pessoas que foram voltassem. O caminho da cruz é realmente penoso. Não são todos que querem. Seguir a Jesus implica em renunciar a tudo por causa do Reino de Deus. É adquirir a pérola de maior valor. Hoje muitos vedem esta pérola para adquirir os tesouros e prazeres transitórios deste mundo.

Em vão serão examinadas as Epístolas para se encontrar qualquer traço deste evangelho de entretenimento! A mensagem delas é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!" É patente a ausência de qualquer coisa que se aproxime de uma brincadeira. Eles tinham ilimitada confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

O único recurso que nos foi dado pelo Senhor para ganhar vidas para Ele e fazer discípulos é a pregação do Evangelho. A fé vem de ouvir e ouvir a Palavra da pregação, o Evangelho (Romanos 10.17).

Após Pedro e João terem sido presos por pregar o evangelho, a Igreja teve uma reunião de oração, mas eles não oraram: "Senhor conceda aos teus servos que através de um uso inteligente e perspicaz de inocente recreação possamos mostrar a estas pessoas quão felizes nós somos." Se não cessaram de pregar a Cristo, não tiveram tempo para arranjar entretenimentos. Dispersos pela perseguição, foram por todos lugares pregando o evangelho. Eles colocaram o mundo de cabeça para baixo (Atos 17.6). Esta é a única diferença! Senhor, limpe a Igreja de toda podridão e refugo que o diabo lhe tem imposto, e traga-nos de volta aos métodos apostólicos.

Se queremos ganhar pessoas para Jesus e conquistar a salvação de suas almas, não apenas atraí-las devemos pregar o Evangelho. O amor de Jesus foi revelado numa cruz. Nossos pecados são purificados por meio do sangue arrancado do corpo de nosso Salvador com aflição, chicotes, cravos e lança até esgotar última gota e Ele expirar na Cruz bradando: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Nesse momento o véu no templo rasgou-se de alto abaixo. Ali nossa salvação foi conquistada, não foi em palco ilumidado, nem com palavras divertidas e risadas. Deus, tenha misericórdia! Acorda-nos enquanto é tempo!

Finalmente, a missão de entretenimento falha em realizar os fins desejados. Ela produz destruição entre os novos convertidos. Permita que os negligentes e escarnecedores, que agradecem a Deus pela Igreja os terem encontrado no meio do caminho, falem e testifiquem. Permita que os oprimidos que encontraram paz através de um concerto musical não silenciem! Permita que o bêbado para quem o entretenimento dramático foi um elo no processo de conversão, se levante! Ninguém irá responder. A missão de entretenimento não produz convertidos. A necessidade imediata para o ministério dos dias de hoje é crer na sabedoria combinada à verdadeira espiritualidade, uma brotando da outra como os frutos da raiz. A necessidade é de doutrina bíblica, de tal forma entendida e sentida, que coloque os homens em fogo.

Precisamos do fogo santificador do Espírito Santo como João disse que Jesus nos batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Toda palha será queimada e o trigo guardado nos celeiros de Deus. O atual movimento gospel não tem produzido convertidos, mas convencidos. Pessoas arrogantes que se dizem cristãs, mas vivem conformadas com os padrões do mundo. Simpatizam com o mundo e o mundo simpatizam com elas. A Palavra diz que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele. Há muita negligência e escárnio com relação a Palavra da verdade que tem sido blasfemada pelos incrédulos.

Igreja, vamos acordar. Não é com brincadeiras e entrenimento que conquistaremos o mundo. O ministério da Igreja não é entreter bodes, mas apascentar as ovelhas do Senhor Jesus. Pedro, tu me amas? Então apascentas as minhas ovelhas.
Texto do Pr. Charles Haddon Spurgeon (1834 a 1892) , comentado por Pr. Ediner Joaquim Bastos, em Outubro de 2007.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O RADICALISMO DA CRUZ

O RADICALISMO DA CRUZ. – Gálatas 6.14.
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Nos velhos tempos Romanos a cruz não conhecia acordo; ela nunca fez concessões. Sem perdão e sem diálogo toda questão era resolvida com a morte.

Ela venceu todas as suas disputas matando o seu oponente e silenciando-o de uma vez para sempre. Ela não poupou Cristo, mas o matou assim como aos outros. Ele estava vivo quando O penduraram naquela cruz e completamente morto quando O tiraram dela seis horas mais tarde. Isso era a cruz. E esta foi a primeira vez que apareceu na história Cristã.

Depois que Cristo ressuscitou ao levantar-se da morte, os apóstolos saíram para pregar Sua mensagem, e aquilo que pregavam era a cruz.

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1Coríntios 1.23).

“Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Coríntios 2.2)

Onde quer que eles fossem pelo mundo afora carregavam a cruz e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de um perseguidor de Cristãos para um crente gentil e um apóstolo da fé. O poder da cruz transformou homens pecadores em santos. Ela livrou os crentes da longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo Ocidental. Tudo isto ela fez e continua a fazer enquanto for permitido permanecer sendo o que era originalmente: uma cruz.

O poder da cruz acabou quando foi mudada de instrumento de morte para algo de belo, ostensivo e símbolo religioso. Quando os homens fizeram dela um símbolo, pendurando-a aos seus pescoços como um ornamento ou fizeram seu esboço diante das suas faces como um sinal mágico para repelir o maligno, então ela se tornou na melhor das hipóteses um fraco emblema, e na pior das hipóteses um amuleto da sorte. Dessa maneira ela é venerada hoje em dia por milhões que não sabem absolutamente nada sobre o seu poder.

A cruz alcança seu fim pela destruição de um padrão estabelecido e pela criação de um outro padrão, seu próprio. Assim, ela tem sempre seu estilo. Ela vence através da derrota do seu oponente e imposição da sua vontade sobre ele. Ela sempre domina. Ela nunca se compromete, nunca negocia nem concede, nunca renuncia um ponto por motivo de paz e harmonia com outras pessoas, sejam conceitos ou filosofias. A cruz não se importa com a paz; ela se importa somente em acabar com sua oposição o mais rápido possível.


Com perfeito conhecimento de tudo isto Cristo disse, “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Assim a cruz não somente provoca um fim à vida de Cristo, ela também dá fim à primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus verdadeiros seguidores. Ela destrói o velho padrão, o padrão de Adão, na vida do crente e o conduz a um fim. Então o Deus que ressuscitou Cristo da morte ressuscita o crente e se inicia uma nova vida, a vida de Cristo.

Isto, e nada menos, é Cristianismo verdadeiro, entretanto não podemos deixar de reconhecer a divergência crucial deste conceito daquele defendido pelos membros evangélico de hoje. Porém não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz permanece bem acima das opiniões dos homens e para aquela cruz todas as opiniões devem finalmente ir para julgamento. Uma liderança superficial e mundana modificaria a cruz para agradar os entretenimentos loucos dos religiosos que terão a sua diversão mesmo dentro do santuário; mas agir assim é procurar desastre espiritual e se expor ao perigo da ira do Cordeiro transformado em Leão. Muitos vivem a emoção da alma, os pulos, os gritos, os choros, as cantorias, mas falta a morte da velha natureza pecaminosa. Falta a verdadeira vida de Cristo.

Devemos fazer algo com relação à cruz, e somente uma de duas coisas podemos fazer fugir dela ou morrer nela. Se formos tão imprudentes para fugir devemos por este ato pôr de lado a fé de nossos pais e fazer do Cristianismo alguma outra coisa exceto o que ele é. Então teremos deixado somente a vazia linguagem da salvação; o poder se apartará com nosso afastamento da verdadeira cruz.

Se formos sábios faremos o que Jesus fez; enfrentaremos a cruz e desprezaremos a vergonha pela alegria que está colocada diante de nós.

“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” Hebreus 12.2.

Fazer isto é entregar todos os padrões das nossas vidas para serem destruídos e reconstruídos no poder de uma vida eterna. Descobriremos que isto é mais do que poesia, mais do que doce melodia e sentimento nobre. A cruz cortará em nossa vida onde ela fere mais, sem poupar nem a nós nem nossas reputações cuidadosamente cultivadas.

É a cruz que vai nos derrotar e levar nossas vidas egoístas a um fim. Somente então poderemos nos levantar em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras (Romanos 6.3,4 e Efésios 2.10).

A mudança de atitude em relação a cruz que vemos nos padrões modernos não prova que Deus tenha mudado, nem que Cristo tenha facilitado na Sua exigência de que carreguemos a cruz; antes significa que a Cristandade atual se afastou dos padrões do Novo Testamento. Precisamos de arrependimento e restaurar a cruz para o seu lugar correto na vida da Igreja e na vida de cada um nós.
Fonte: A Cruz é algo Radical (A.W. Tozer).

sábado, 6 de outubro de 2007

Parábola das Dez Virgens

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS – Mateus 25.1-13 (Domingo, 30/09/2007).

O costume dos casamentos orientais. Jesus na sua primeira vinda anuncia a segunda. A mensagem de Jesus foi voltada para o arrependimento, pois o Reino de Deus está próximo. A importância da parábola das 10 virgens está na proparação para a segunda vinda do Senhor.

“Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mateus 23.39).

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 24.30,31,39. 43-51).

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25.31-46).

A primeira vinda foi para pagar o “dote” pela sua noiva, a igreja. Ele voltará para as bodas. Finalmente, julgará as nações e o diabo. Assim estabelecerá o reino messiânico por mil anos. Depois reinará com a Igreja na Nova Jerusalém.

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20.6).

“E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21.9-11,27).
Somos como igreja a noiva.

Em termos de preparação, testemunho e luz, as virgens que esperam o Noivo para entrar na festa de casamento.

Como está a sua lâmpada? Há nela azeite?

Compre hoje: fé, vida, poder e unção do Espírito Santo.

Parábola dos Talentos

PARÁBOLA DOS TALENTOS – Mateus 25.14-30 (Domingo, 24/09/2007).

Hoje poderia ser contada a parábola dos “lentos”, pois é o que temos sido na obra do Senhor.

A quantidade de talentos distribuidos, 5, 2 e 1, é de acordo com a capacidade de cada um. Deus não lhe dará algo que você não dará conta.

O que recebeu 5 – imediatamente, pressa, atenção, disposição, cuidado.

O que recebeu 2, também.

O que recebeu 1 cavou um buraco e escondeu.

Os servos escolhidos eram servos especiais e de confiança. Os talentos era uma prova para eles. Eram mordomos dos bens do seu senhor.

1 talento é igual a 35 quilos de ouro. Considerando o preço de R$ 44,00 o grama, cada talento corresponde a cerca de R$ 1.500.000,00. Quem enterraria um milhão e meio?

Enterramos muito mais quando nossa vida segue sem propósito e não é útil para o Senhor.

A alegria de quem multiplicou e pôde apresentar um resultado positivo para o seu Senhor.

A alegria multiplicada milhões de vezes: “entra no gozo”.

O contrangimento do resultado zerado.

O mau julgamento do seu senhor.

Simplesmente devolve o que pertence ao seu senhor.

Servo mau!... Servo negligente!...

Como julgamos o Senhor, Ele nos julgará.

“Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo” (Lucas 6.37,38).

Jesus não está se referindo à dinheiro, mas a vida.

Servo inútil! – Seu destino foi as trevas.

Prepare-se para receber os talentos que os servos maus e negligentes desprezaram.

Disponha-se com bondade e fidelidade a multiplicar o talento que o Senhor lhe confia. É Dele.

Lição para Célula - 04 - Propósito Eterno - Definição do Propósito Hoje.

Lição 04 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – DEFINIÇÃO DO PROPÓSITO HOJE.
Estudos Baseados Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.
Texto Básico. Romanos 8.28,29.

Quebra-gelo. Preparar para reunião da célula um quebra-cabeça de montar. (Lider de célula, você pode comprar um, desses mais baratos com, no máximo, 24 peças, ou pode recortar uma gravura qualquer). Deixe as peças em ordem de montagem de modo que facilite a agilize montagem. Escolha uma peça e separe. Mostre essa peça aos participantes da célula e pergunte o que é aquele desenho. Existe uma dificuldade natural de saber do que se trata, quando vemos apenas um pedaço de algo muito maior. A seguir monte o quebra-cabeça, deixando a peça separada por último, então a coloque em seu lugar (você pode também preparar outro quebra-cabeça, fazer a mesma coisa, mas começar a montar a partir da peça separada). Deixe as pessoas participarem e darem suas opiniões. (Aproveite bem as oportunidades e opinões que surgirem nesse momento)

Introdução. Precisamos entender o propósito de Deus como um todo e não como somente uma só parte (como apenas uma só peça do quebra-cabeça não nos mostra toda figura). Toda a revelação de Deus, todos os Seus ensinamentos e toda a Sua obra, inclusive a obra de redenção, fazem parte de um plano maior: uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus Cristo que sejam a expressão da glória e do governo de Deus Pai.

DEFINIÇÃO DO PROPÓSITO HOJE

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.28,29).

1) UMA FAMÍLIA. Isto nos fala da unidade de uma só familia. Este é um requisito indispensável no cumprimento do propósito de Deus.

“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim” (João 17.21-23).

“Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão” (1Coríntios 10.16,17).

“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Efésios 4.1-6).

2) DE MUITOS FILHOS. Isto nos fala da multiplicação. Os discípulos fazem discípulos.

“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28.18-20).

3) SEMELHANTES A JESUS. Isto nos fala da edificação do caráter dos discípulos. Não basta multiplicação e quantidade, é necessário que tenha a qualidade e a virtude da vida de Jesus.

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1.4,5).

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Coríntios 3.18).

Conclusão. O propósito de Deus envolve uma família que vive, se multiplica e é edificada em unidade a fim de crescer em direção ao alvo que é a estatura de Cristo – perfeita varonilidade.

“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4.13).

A realização deste propósito eterno tem como inicio e finalização de tudo a Glória de Deus.

“Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado... Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo” (Efésios 1.6,12).

Aplicação. Lider de célula: para finalizar você pode exibir uma folha de papel dividida em quatro partes com as frases: UMA FAMILIA. MUITOS FILHOS. SEMELHANTES A JESUS. PARA A GLÓRIA DE DEUS PAI. Este é o verdadeiro propósito de Deus para toda eternidade.

Oração. Orar por todos, citando nome por nome, e que, cada um, seja um verdadeiro filho de Deus semelhante a Jesus para a glória de Deus Pai.

Lição para Célula - 03 - Propósito Eterno - Salvação como meio, não um fim.

Lição 03 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – SALVAÇÃO COMO MEIO, NÃO UM FIM.
Estudos Baseados Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. Tito 2.14

Quebra-gelo. Para sair de sua casa e chegar ao seu trabalho, ou a sua escola, ou a sua célula, ou ao culto de celebração, o que você faz? Para formar-se médico, advogado, engenheiro, etc, o que uma pessoa faz? Para vencer uma enfermidade, quais os procedimentos necessários? Enfim, para alcançar qualquer objetivo, o que necessário que façamos? A resposta a todas estas perguntas é: tomar o caminho certo. (lider de célula, use a sabedoria de Deus e a criatividade para trabalhar este ponto, enfatizando que pegar uma estrada para chegar a algum lugar, fazer uma faculdade, tomar um remédio e ser submetido a tratamento médico, etc, não são objetivos, mas são caminhos e são meios a fim de alcançar outra coisa, que é o propósito).

Introdução. Todo propósito se alcança por um meio. Temos aprendido que o propósito eterno de Deus é uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus Cristo para a glória de Deus Pai. O meio para alcançar este propósito é a Salvação.

SALVAÇÃO COMO MEIO, NÃO UM FIM

1) Filhos redimidos entre os quais habitar.
Em Apocalipse 21.1-4...7 – “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas... quem vencer herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” – Deus declara Seu propósito de redimir uma família de filhos no meio da qual Ele possa habitar.

2) Filhos santos entre os quais habitar.
Toda a obra de salvação e redenção do ser humano é apenas um meio para alcançar esse bendito e maravilhoso propósito de Deus. O que Ele disse ao povo de Israel é amplificado ainda mais à Igreja, povo redimido pelo sangue de Jesus. “E santificarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei a Arão e seus filhos, para que me administrem o sacerdócio. E habitarei no meio dos filhos de Israel, e lhes serei o seu Deus, E saberão que eu sou o Senhor seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles. Eu sou o Senhor seu Deus” (Êxodo 29.46). Na nova aliança assim recebemos a Palavra do Senhor: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2.9).

3) Filhos obedientes entre os quais habitar.
O propósito de Deus cumpre-se na obediência de Seus filhos. Jesus disse que quem O ama, obedece. A obediência não vem pelo medo, ou outra motivação errada; vem pelo amor e reconhecimento de ser amado. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele... Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14.21, 23). O discipulado é a disciplina dos filhos a fim de ensiná-los a obediência. “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28.20).

Conclusão. A obra redentora e de salvação é tão tremenda e maravilhosa que corremos o risco de vê-la como se fosse tudo, ou o propósito final. A morte de Jesus na cruz e o sangue derramado é verdadeiramente admirável, contudo foi a providência dos recursos infinitos de Deus para a consumação do Seu plano eterno. Jesus deu a Sua vida para restaurar-nos à comunhão com o Pai. A redenção realizada pelo Unigênito de Deus é o meio de Deus com o fim de restaurar todas as coisas e concluir o Seu propósito eterno: uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus Cristo para a glória de Deus Pai. No que diz respeito a isto, não podemos deixar de dizer, em relação a tudo isto, que o centro é Cristo. Todas as coisas, nos céus e na terra, na dispensação da plenitude dos tempos, convergirão para Cristo (Efésios 1.10).

Aplicação. A redenção, portanto, não é um fim em si mesma, mas um meio da graça de Deus para consertar o grande erro – o pecado – que destituiu o homem da glória de Deus (Romanos 3.23). O propósito de Deus é uma familia de filhos restaurados conforme a imagem de Jesus Cristo, que é Deus Eterno e o Filho Primogênito de Deus.

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1.4,5).

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.28,29).

“A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo” (Colossenses 1.28).

Oração. Orar por aqueles que tiverem qualquer dúvida com relação è salvação eterna, que sejam levados ao verdadeiro arrependimento e salvação. Que todos nós estejamos vivendo como filhos amados de Deus que são redimidos, santos e obedientes, entre os quais Deus habita hoje e habitará eternamente.

Lição para Célula - 02 - Propósito Eterno - O Propósito da Criação.

Lição 02 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO.
Estudos Baseados Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. Gênesis 1. 26-31

Quebra-gelo. O que vocês sabem sobre obras de arte? Já ouviram falar de algum pintor muito famoso, cujas obras são estimadas em milhões de dólares? Eles tomaram uma tela em branco, tintas, pincéis, o talento que tinham e uma idéia na mente. Algo começou a ser feito por um motivo e um propósito. Os resultados, hoje, podem ser vistos nas paredes dos museus e das casas e são admirados por muitos. Podemos considerar que cada coisa que foi feita, certamente, foi concretizada com vistas a um propósito. Uma arte, uma construção de uma casa, um prédio, uma ponte, uma estrada, um aparelho eletrônico, um veículo automotor, etc. Deus realizou uma grande obra que foi a criação do universo e coroou tudo com a criação do homem. Podemos dizer que houve um propósito em tudo o que Deus criou? O que vocês dizem?

Introdução. Deus é um ser único em todo o universo. Tudo o que há, foi feito e existe por causa Dele. Tudo Nele e por meio Dele subsiste. Nada do que existe, existe por si mesmo. Ele é a causa; quem fez e formou todas as coisas. “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Colossenses 1.17). “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3). Deus não apenas criou todas as coisas, mas tudo subsiste e é sustentado pela Sua própria existência. Nisto há uma perfeita unidade na pessoa de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO

Tudo foi criado para manifestar a glória de Deus. “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmos 19.1)

1) Qual a Intenção de Deus ao Criar o Homem?
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1.26-28).

A intenção de Deus, ao criar o homem, é de ter uma grande família de muitos filhos à Sua própria imagem, e encher a terra com uma família que expressasse a Sua glória e autoridade. Adão foi criado à imagem de Deus e cada ser se reproduziria segundo a sua própria espécie, portanto, quando Adão e Eva se multiplicassem, reproduziriam filhos conforme a imagem de Deus, que estava neles.

2) Como o Pecado Interferiu no Propósito de Deus?
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23).

Por meio do pecado o homem tornou-se culpado, alvo da ira de Deus, merecedor de castigo eterno, expulso da presença de Deus e sem comunhão com Ele. "O salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23). O problema do homem não é apenas a sua culpa devido à desobediência, mas o homem tornou-se um morto espiritualmente e inútil para o propósito de Deus. Ele foi destituído da glória de Deus. Toda a descendência de Adão foi contaminada e ficou corrompida.
A conseqüência ainda maior e o problema ainda mais terrível, não foi apenas que o homem se tornou culpado diante de Deus, mas que, também, a sua própria natureza se "estragou", se corrompeu. O homem perdeu a imagem de Deus, tornou-se numa outra criatura. Não era mais o mesmo homem, era um homem espiritualmente separado de Deus, morto espiritualmente; o pecado tornou o homem inútil para cumprir seu propósito, e sua vida já não mais glorificava ao seu Deus Criador.

“E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete” (Gênesis 5.3).
“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5.12).

3) Deus Desistiu do Seu Propósito? Como Fez?
Embora o pecado tenha produzido a partir de Adão uma geração de homens pecadores; Deus não desistiu do Seu propósito, nem o mudou. Adão falhou. Deus, então, envia o Seu Filho, o último Adão e o segundo homem. Deus, a partir de Jesus, dá início a uma nova criação. Pensem bem nos textos bíblicos transcritos que se seguem:

“Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial” (1Coríntios 15.45-49).

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Coríntios 5.17).

“Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura” (Gálatas 6.15).

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).

Conclusão. Através do nascimento natural pertencemos à raça de Adão, que foi e está contaminada pelo pecado, o que significa a independência de Deus e a rebeldia, e isto manifesta-se através de múltiplos atos pecaminosos. O homem neste estado não vive para a glória de Deus, nem está sob o Seu governo. Jesus veio ao mundo, nascendo como homem de uma virgem, mas é o eterno Filho de Deus – “O Verbo que se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14) – esvaziou-se de Sua glória, fez a vontade do Pai, foi obediente até a morte e morte de Cruz (Filipenses 2.8) e realizou em nosso favor eterna redenção. O mais importante, porém, é que a partir de Jesus, somos gerados filhos de Deus, segundo a própria imagem do Primogênito. O que significa a restauração da glória de Deus em nossas vidas.

“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29).

Aplicação. Como filhos de Deus, gerados em Cristo Jesus, seguimos os passos do nosso irmão mais velho: negamos a nós mesmos, tomamos a cruz, O seguimos e recebemos o senhorio Dele em nossas vidas; somos unidos com Ele em Sua morte, ressuscitamos juntamente com Ele e vivemos como novas criaturas; somos remidos em Seu sangue e recebemos a Sua imagem. A nossa vida, agora, como redimidos e filhos de Deus, é para a Sua Glória.

“Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1.27).

Oração. Em oração nos submetermos a Deus, a fim de que o Seu propósito se cumpra em nossas vidas e como Seus filhos sejamos e vivamos para a Sua glória.