sábado, 22 de setembro de 2007

Lição para Célula. Propósito Eterno de Deus - 1 - Tema Básico.

Estudos Baseados Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. Romanos 8.28,29.

Quebra-gelo. Imagine uma comida deliciosa - seu prato preferido. Uns gostam de doces, um brigadeiro ou um pudim; alguns gostam de comidas mais pesadas como feijoada ou churrasco; quem sabe, uma boa moqueca de peixe. Tem quem escolhe comidas à base de massas, tal como lazanha, pizza, ou uma suculenta macarronada. Alguns, também, preferem comidas leves e dietéticas como uma deliciosa e colorida salada. É muito prazeroso preparar um prato bem gostoso. Fazer uma comida tem um propósito: o prazer de uma boa degustação. Um alimento de bom paladar é maravilhoso! Numa mesa bem ornamentada e bem sortida com deliciosos alimentos, embora todos estejam ao redor, o principal não é a comida, nem mesmo o “prato principal”, mas as pessoas que ali estão assentadas com o fim de serem servidas. A comida é preparada com um propósito: ser comida. Não é para ser vista como objeto de decoração. Já vi em sorveterias sorvetes falsos com o fim de serem vistos. Mas o sorvete verdadeiro, dentro do congelador é para ser servido e apreciado.

Introdução. Deus tem um plano, um propósito, que jamais mudou. Este é o tema básico da Bíblia, que é a Palavra de Deus. Tudo aponta para a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. O plano de redenção, não visa o homem, mas a glória de Deus. Uma visão humanista tem colocado o homem como centro do propósito de Deus; quando na verdade o propósito é a glória de Deus. Quando mencionamos o propósito eterno de Deus precisamos ser completos em receber em nosso coração a verdade que isso engloba: Uma familia de muitos filhos semelhantes a Jesus para a glória de Deus Pai. Nossa vida e tudo que fazemos somente tem valores eternos quando estamos inseridos neste propósito.

TEMA BÁSICO

Como filhos de Deus, gerados em Cristo Jesus, precisamos conhecer bem os desejos, os propósitos e o coração do nosso Pai Celestial, com o fim de sermos para o louvor e glória de Sua graça e, em tudo, Lhe sermos agradáveis.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo” (Efésios 1.3-12).

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.28,29).

Um erro muito comum é imaginar que o propósito de Deus começou com a queda do homem. A queda proporcionou a Deus a oportunidade de prover o meio de redenção dos pecados por meio do sacrifício do Seu próprio Filho. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A salvação do homem é para que se cumpra o propósito de Deus. Somos muito felizes em poder ser achados dignos de sermos Seus filhos e estarmos inseridos em Seu propósito.

Conclusão. A salvação do homem é uma necessidade decorrente da queda. O pecado conforme diz em Romanos 3.23 destituiu o homem da glória de Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. A necessidade não é a do homem de ser perdoado (se bem que isto é necessário. Por isso Jesus morreu na cruz e derramou o Seu sangue como oferecimento de Si mesmo em sacrifício de redenção), mas de sermos para o louvor da Sua glória.

Aplicação. O centro da salvação do homem não é o homem, mas Deus. Assim como o centro de uma mesa posta com deliciosos pratos não é a comida, mas os que se assentam à mesa a fim de dela se alimentarem. O alimento para Jesus são vidas salvas e resgatadas do mundo e do pecado e feitos para Deus filhos que O glorificam. O propósito de Deus que Ele estabeleceu desde o princípio de tudo se cumprirá. Após findada a história da redenção do homem e desta terra, os filhos de Deus viverão para sempre em Sua presença, mas as almas eternas dos ímpios padecerão eterna perdição e sofrimento, juntamente como o diabo e todos os demônios, banidos para sempre da presença de Deus.

“E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” Apocalipse 21.6-8.

Oração. Orar e louvar a Deus por ser achado digno de sentar-se à mesa do Senhor como filho. Entregue-se totalmente, a fim de, como Filho de Deus semelhante a Jesus, possa em tudo glorificar a Deus Pai.

UNIDOS COM CRISTO NA MORTE E NA VIDA.

UNIDOS COM CRISTO NA MORTE E NA VIDA.
“Fiel é está palavra: se já morremos com ele, também viveremos com ele” 2Timóteo 2.11.

Deus criou o homem, com a vida, para viver. O homem não tinha vida eterna, mas tinha a vida sem a contaminação do pecado e da morte. A vida de Adão, antes do pecado, era vida soprada por Deus, era uma vida criada sem a morte, mas não era a vida eterna. Adão tinha a opção pela vida eterna. No Jardim do Éden havia duas fontes de decisão. A liberdade pressupõe escolha, e esta requer opção. As duas árvores do Jardim de Deus apontavam para uma questão de preferência. A árvore da vida eterna e a árvore que causaria a morte estavam em jogo. A vida eterna e a morte ficaram como matéria de decisão do homem. O homem era uma alma vivente capaz de decidir entre a vida eterna e a morte. Resolve, e serás livre. Por livre vontade, ainda que tentado, o ser humano preferiu a árvore que originava a morte. A tentação podia ser da serpente, mas a decisão era do homem.

No momento do pecado, as algemas da morte aprisionaram o tronco da raça humana. Adão se tornou instantaneamente um morto, vivendo para morrer. Ele era um morto espiritual. Morte significa separação. A morte não é extinção em qualquer acepção dessa palavra. É sempre separação. O pecado separou o homem de Deus. Mas, o homem ainda tinha vida. A vida biológica poluída pela morte. A vida de Adão não era mais vida para viver, mas a vida contaminada pela morte que esperava o tempo para morrer. O homem no pecado é uma alma vivente que vive apenas para morrer. Assim, o gênero humano encontra-se dominado pelo princípio da morte, de modo que não nascemos para viver, mas nascemos com a vida que certamente vai morrer.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” Romanos 5.12.

Somos uma raça sentenciada. Nosso fim já foi decretado no dia em que fomos gerados. Se nascemos, com certeza haveremos de morrer. Todos os que estão vivos encontram-se na fila para morrer. A vida que rege a nossa existência tem um ultimato. Somos uma geração condenada, pois, de cada um que nasce, todos morrem. Correr da morte é tão impossível como correr de nós mesmos. O fim de nossa existência é demarcado pela morte. Vivo, mas vivo para morrer. Que tragédia é a história do pecado! Não há esperança sob o manto escuro da morte. A vida que termina numa sepultura acaba sem qualquer significado.

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” 1Coríntios 15.19.

Se a morte é, de fato, o fim da vida, esta vida encontra-se destituída de qualquer valor. Mas, graças a Deus, que a Bíblia apresenta uma outra alternativa. Se a morte é o fim da vida, Jesus Cristo é o princípio de uma nova vida. O Senhor Jesus Cristo veio ao mundo, governado pelo pecado e pela morte, para introduzir uma nova realidade. Ele veio para estabelecer o reino da vida.

“Deus não é Deus de mortos e sim de vivos” Mateus 22.32b.

O Deus da vida não pode ficar prisioneiro da morte. A criação de Deus não pode ficar refém numa sepultura. No Reino de Deus, o poder da vida é infinitamente maior do que o poder da morte. Jesus veio inaugurar um novo começo. Ele foi categórico:

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” João 10.10.

Esta é a vida que ultrapassa as dimensões da cova. “Temos mais certeza de que nos levantaremos de nosso túmulo do que de nosso leito” (Thomas Watson). O Evangelho tem uma mensagem vitoriosa da vida. A história da cruz não termina com um funeral, mas com uma celebração. Não há dia de finados no calendário da ressurreição. A proclamação do Novo Testamento é de um Cristo que esteve morto mas está vivo e não um Cristo que esteve vivo e está morto.

Jesus veio com o propósito de estabelecer o Reino da vida no império da morte. Por isso, antes de dar a vida, Ele precisava vencer a morte. O médico tem que derrotar a doença antes de promover a saúde. Só depois de debelar as causas da infecção é que se asseguram os meios da robustez. É matando o princípio da morte que se pode constituir o início da vida. Cristo assumiu o nosso pecado, porque este era a causa de nossa morte. Ele não tinha pecado. Ele não precisava morrer. Mas, Ele morreu. E morreu para nos dar vitória sobre a morte e acesso à verdadeira vida. Ele morreu porque tomou os nossos pecados. Tomando o lugar do pecador na cruz, Jesus tornou-se tão inteiramente responsável pelo pecado como se fosse totalmente culpado. A morte de Cristo foi o golpe certeiro desferido contra o senhor da morte.

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” Hebreus 2.14-15.

“A morte feriu a si própria, causando sua própria morte, quando feriu a Cristo” (William Romaine).

Por outro lado, Jesus, como nosso Salvador, teve que morrer, porque nós é que deveríamos morrer. Ele morreu para nos levar a morrer com Ele. Só a sua morte vicária poderia englobar a nossa morte compartilhada. Ele deveria morrer, porque nós precisávamos morrer para o pecado. Sem a morte do pecador não pode haver justificação. A justiça de Deus exige a pena de morte para o culpado. A conseqüência do pecado é a morte, e só a morte do réu pode garantir a sua justificação.

“Porquanto quem morreu está justificado do pecado” Romanos 6.7.

Isto é: aqueles que morreram em Cristo. Não pode haver perdão sem o cumprimento da justiça. A lei requer que o culpado seja executado. Não é somente a morte do Salvador que satisfaz a justiça da lei, mas a morte do pecador juntamente com Cristo. Jesus só morreu por nós, porque nós tínhamos que morrer com Ele; caso contrário, ainda estaríamos sacrificando os cordeiros, como no Antigo Testamento, presos ainda em nossos pecados e na morte.

Todos nós nascemos neste mundo para morrer, mas precisamos morrer em Cristo, a fim de renascer para poder viver. Em Adão, nós nascemos para morrer, porém, em Cristo, nós morremos para viver. Quem nasce de Adão, nasce na carne: morto no espírito e mortal no corpo. Quem renasce em Cristo, nasce vivo no espírito mas ainda tem um corpo sujeito aos efeitos da morte física. É bem verdade que esta morte do corpo é provisória. É um sono, enquanto aguarda as providências da promessa divina. Deus regenera o nosso espírito aqui na terra, para possuir um corpo glorioso, depois da ressurreição, lá no seu Reino. A Bíblia mostra que todos os mortos fisicamente, que tenham morrido em Cristo para o pecado, ressuscitarão com corpos glorificados, para uma vida que não tem fim. Se a morte pudesse deter algum pedaço do homem, a salvação de Cristo não seria completa. Graças a Deus que a salvação é sem retoques. A causa de Deus nunca corre perigo; o que Ele começou na alma ou no mundo, levará até o fim. Nada pode impedir ou estorvar os decretos e determinações de Deus. Ora, se já morremos com Cristo, certamente viveremos por meio da vida de Cristo. Esta é a essência do Evangelho: estou morto para viver.

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” Gálatas 2.19b-20.
Inspirado na mensagem no Pr. Glênio Fonseca Paranaguá.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O TERCEIRO LUGAR É MELHOR.

O TERCEIRO LUGAR É MELHOR.

"Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" Filipenses 2.3.

Os seres humanos, violentados no jardim do Éden por um sentimento de grandeza, ficaram intoxicados por um profundo anseio de projeção. A raça adâmica, daí em diante, tornou-se fascinada por um lugar de destaque no pódio. Somos uma espécie caçadora de troféus, que não se contenta com o segundo lugar.

O gênero do pecado é um modelo de excelência que procura a fama e a notoriedade. Na medicina pode-se perceber uma enfermidade pela temperatura do corpo. Quanto mais alta for a febre, mais aguda é a infecção. Do mesmo modo, a grande excitação emocional em busca de reconhecimento próprio revela a gravidade espiritual de qualquer sujeito. Se você quiser diagnosticar a seriedade do pecado em sua vida ou de outra pessoa qualquer, observe o nível de rebeldia e o desejo de ser destacado que fervilha no seu íntimo ou dessa outra pessoa.

Sei que, do ponto de vista do pecado, ninguém é mais pecador do que outro, assim como nenhum cadáver é mais morto do que qualquer outro defunto. Contudo, um cadáver em putrefação é bem mais repugnante do que um corpo ainda quente.

O agravamento do pecado pode ser mais percebido nos rompantes da auto-estima. Quanto mais necessidade de consideração alguém exibe, mais se pode considerar grave o quadro da teomania (loucura de uma pessoa que se julga deus). Toda pessoa que necessita de bajulação ou requer alguma forma de palanque para ostentar seus méritos está profundamente inchada de si mesmo.

A carência emocional sempre se volta para as táticas de manipulação. Muitas vezes os lobos se convertem em cordeiros e os sujeitos mais arrogantes se transformam em personagens aparentemente humildes. Não é raro encontrar uma pessoa avarenta disfarçada em trajes de mendigo e gente soberba com cara de piedosa.

Mas a questão é mais profunda. Todos nós precisamos, à luz da palavra de Deus, analisar as verdadeiras intenções do nosso coração. Há muitos atos corretos movidos por atitudes suspeitas. Sendo assim, precisamos urgentemente da graça de Deus para examinar o nosso interior.

Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 1 Coríntios 11.31.

Muita coisa espiritual tem na sua base um carnegão horrível, que só o Espírito Santo pode revelar e remover. Veja o ponto que o apóstolo Paulo está a enfatizar no texto que serve de alicerce para esta mensagem. Qual é a motivação do meu e do seu desempenho? O que está por trás da minha e da sua conduta? Qual é a verdadeira intenção do meu e do seu papel na edificação da igreja?

Ele usa duas palavras: partidarismo e vanglória. Aqui vemos a marca de um câncer comunitário. A igreja de Jesus Cristo é um só corpo, e só a paz de Cristo pode arbitrar a unidade desse corpo.

"Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos." Colossenses 3.15.

Cristo não tem muitos corpos. Ele tem apenas um corpo, a sua igreja. O partidarismo é o sinal de concorrência e criancice. Na intensidade da competição há sempre um desejo maior de preferência que denota a birra da imaturidade e da falta de visão do que é a unidade espiritual. Paulo mostra a presença desse jogo sujo no seio da igreja de Corinto, denunciando as contendas de um povo egocêntrico e deformado.

"Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo." 1 Coríntios 1.12.

Esse sectarismo é visto pelo apóstolo como uma desfiguração do corpo de Cristo, e ele faz uma pergunta instigante:

Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo? 1 Coríntios 1.13.

Todas as vezes que nos rebelamos contra o princípio do amor, caímos na via dolorosa do desconcerto. Não estamos falando de uniformidade nem de unanimidade, mas de unidade. “Nas coisas essenciais – unidade; nas coisas não essenciais – liberdade; em todas as coisas – caridade, ou amor” (Agostinho).

Há duas maneiras de união intrínseca da matéria: o congelamento e a fusão. Os cristãos, contudo, precisam ser unidos em amor fraternal. O amor não favorece as desavenças e divisões mesquinhas que as mentes estreitas, lamentavelmente, promovem.

Facção não é característica dos filhos de Deus. Tiago foi muito enfático quando sustentou:

"Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca." Tiago 3.14-15.

Está claro que o espírito contencioso é um estímulo do inferno. Por outro lado, a apreensão com a medalha de ouro é uma forte excitação à vanglória. Atrás do partidarismo encontra-se o vírus da proeminência e debaixo de uma capa de supremacia vibra a vanglória.

A serpente envenenou a espécie humana com o desejo de ser o primeiro. Vivemos lutando com o instinto de privilégio, por isso a medalha de ouro exerce um fascínio para a mesquinhez e o raquitismo de nossa alma. Queremos o primeiro lugar.

"Jesus reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola:" Lucas 14.7.

Temos uma obsessão pelos lugares de destaque e sofremos com a medalha de prata. Mas no Reino de Deus a medalha de ouro pertence apenas ao Senhor.

Ele é o primeiro e o último. Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Isaías 44.6.

Jesus Cristo é o único Senhor que ocupa o lugar de honra. Ele é o detentor da medalha de ouro, por isso, toda glória seja dada a ele.

A medalha de prata pertence aos outros. O apóstolo disse: considerando cada um os outros superiores a si mesmo. O cristianismo resumiu os mandamentos de Moisés a dois: amar a Deus, em primeiro lugar, acima de tudo e de todos e, o segundo ou novo mandamento, amar o outro como Jesus nos amou. O meu próximo é o detentor do segundo lugar, e, conseqüentemente, da medalha de prata.

"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12.10.

Então, o que sobra para nós é a medalha de bronze. Aqui estão as normas da premiação: primeiro, a glória de Deus.

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10.31.

Sabemos, através de Jesus, que o Reino de Deus é preferencial e prioridade.

"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6.33.

Logo depois vem a honra aos outros.

"Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei." 1 Pedro 2.17.

De acordo com o protocolo da diplomacia divina os outros são privilegiados com as deferências (preferências) especiais do amor que edifica. Aquele que ama trata com distinta consideração todos os homens e principalmente os irmãos.

Em terceiro, surge a nossa alegria de poder viver glorificando ao nosso Senhor e servindo aqueles, por quem o Senhor morreu e que nós, por sua causa, também amamos. Na lista da estimação nós ocupamos a terceira colocação.

Nas Olimpíadas de Atenas e, 2004, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima deixou o mundo admirado, diante do transtorno causado por um irlandês pirado, que conseguiu detê-lo por alguns instantes. Cordeiro, nome sugestivo, que vinha dominando a prova com vantagem, ficou na terceira posição, com a medalha de bronze, mas entrou no estádio como o vencedor. A sua modéstia foi ressaltada mundialmente como o grande troféu dos jogos olímpicos de 2004.

A gramática faz a flexão das pessoas do discurso em três categorias. A primeira pessoa é a que fala, representada pelo pronome pessoal eu, no singular, e nós, no plural. A pessoa, com quem se fala, tu ou vós, é a segunda pessoa ou o receptor; enquanto a terceira pessoa, de quem se fala, além do número exibe também o gênero, ele, ela, eles, elas.

A ordem gramatical aqui é muito autocentrada, já que o "eu" encabeça a lista e o individual vem antes do coletivo. Ainda mais, essa ordenação não é nada elegante, uma vez que "ele" vem na frente "dela".

Talvez devamos sugerir uma nova arrumação dos pronomes de acordo com a avaliação na estrutura celestial. Do ponto de vista da relação com Deus, me parece que Tu, apesar de ser a pessoa com quem se fala, é a primeira na composição. E por sua vez, também não tem plural. Mesmo sabendo que Deus é trino, sua trindade é triuna. Não há três deuses na revelação bíblica. Tu, pois, representa a medalha de ouro da unidade divina.

Os outros são o coletivo da segunda pessoa, nessa nova disposição. A igreja é formada de muitos membros e a unidade do corpo, produzida pelo Espírito Santo, é baseada na estima que nós temos uns pelos outros. Para Paulo há dois pontos importantes na manutenção da unidade.

"Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição." Efésios 4.3 e Colossenses 3.14.

Não há unidade sem paz e amor. Não há paz sem humildade e não há amor sem mansidão. Ninguém pode ser dono da verdade, mas todos podem, mediante a graça, se colocarem à disposição do Espírito para serem sempre parte da resposta dos problemas e nunca parte dos problemas.

Nossa unidade não é só no pensamento ou na bajulação, mas na cruz.

“E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Efésios 2.16).

O novo eu, isto é, a vida de Cristo dirigindo a minha existência é a terceira pessoa desse modelo descongestionado da arrogância sufocante. A medalha de bronze não é um prêmio de consolação, mas o maior galardão de uma vida crucificada.

Inspirado na mensagem do pr. Glénio Fonseca Paranaguá
(
http://www.batistalondrina.org/estudos.asp?id2=305).

Estudo 12 - ENSINANDO OBEDECER (UM)

ENSINANDO OBEDECER TUDO O QUE JESUS ORDENOU.

UM) CONVÉM CUMPRIR TODA A JUSTIÇA.
“Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu” Mateus 3.15

Existe sempre uma tendência de darmos um jeitinho e burlar a maneira correta de fazer as coisas. Ansiamos por tomar um atalho e fazer as coisas de maneira rápida e como achamos de deve ser feito. A primeira vez que no Novo Testamento Jesus abre a boca para falar, Ele diz: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. João Batista fazia oposição a Jesus que apresentou-se a fim de ser batizado por ele. Deu um “branco” na cabeça de João, e o profeta batizador ficou tão maravilhado diante do Seu Criador, que estava diante dele, como o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, que pensou que poderia mudar o discurso e deixar-se batizar por Jesus.

Imaginem o comentário que ia dar favorável a Jesus pelo fato de João ser batizado por Jesus. Ele que colocava-se diante dos filhos de Israel e convocava-os para apresentarem frutos de um verdadeiro arrependimento e chamava-os de “raça de víboras”. A fama de Jesus subiria rapidamente. Mas não era essa a maneira correta. Jesus jamais poderia aceitar fazer as coisas pela forma fácil e rápida. O caminho de Jesus e com Jesus não tolera atalhos. Este é um ensinamento de Jesus que se torna um princípio estraordinário para a nossa vida.

“Cumprir toda a justiça” tem o sentido de fazer todas as coisas da maneira certa. Quando Jesus falou com João, Ele disse: “nos convém...”. O que ele pretendeu dizer foi que João também deveria fazer da forma certa.

Precisamos aprender que tudo que fizermos, precisamos buscar a maneira certa de fazer. Ao mentir, dar jeitinho, evitar o confronto e mesmo o sofrimento; estaremos fugindo da maneira certa. Estaremos deixando de cumprir toda a justiça.

A maneira errada que o diabo está sempre colocando diante de nós, diz respeito à vaidade, à exaltação do ego. Lucifer sempre porá diante do homem uma outra maneira de fazer e até mesmo de servir a Cristo. Ele propõe que o homem troque a cruz tosca, de madeira, pesada e símbolo de vergonha, dor e morte, por algo mais leve, mas fácil de carregar; quem sabe um leve pingente na forma de uma cruz, de ouro e pedrinhas brilhantes. Pedro aproximou-se de Jesus e disse que jamais permitisse a sua crucificação. Uma palavra que Pedro usou tem inspiração na filosofia do próprio satanás: “tem compaixão de ti mesmo” (Mateus 16.22). Jesus repreendeu na hora: “Para trás de mim, satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mateus 16.23). O inimigo de nossa salvação está sempre dizendo para apelarmos pelos nossos direitos. Entenda uma coisa: você não tem direito, você precisa se libertar de você mesmo. As coisas dos homens são: reivindique seus direitos, não sofra mais. A serpente disse para Eva: “Certamente não morrereis” (Gênesis 3.4). Olha que mentira do diabo! Pois a partir da desobediência nossos primeiros pais morreram espiritualmente e foram banidos da presença de Deus. Devido nossa morte espiritual, agora, sim, precisamos morrer. Satanás continua dizendo: de maneira menhuma morrerás. Mas Deus diz: Você precisa morrer a fim de ter vida.

Jesus foi batizado por João Batista e tirou todo argumento que poderíamos ter de dar nosso jeitinho e correr da morte e da cruz. O texto de Mateus 3.16 diz que Jesus foi batizado. Ele já estava antecipando a sua morte e sua cruz. O nosso batismo hoje é nossa união com Cristo na morte, no sepultamento e na ressurreição. Não podemos evitar, ou fugir do batismo e da cruz. Jesus chegou a João Batista e não requereu tratamento “VIP”. Ele disse “convém fazermos tudo da maneira certa: me batiza como batizaste os outros”.

Precisamos ser libertos do nosso ego e de nossas feridas. A obra de Deus pode representar para as pessoas uma oportunidade de status e destaque. Muitos podem dizer: “Ah, como o ministério é maravilhoso!”. Assim são as pessoas feridas; estão sempre querendo tratamento especial. Mas a nossa cura, para essa enfermidade e todos os nossos traumas, não está na medicina, nem na psicologia, está nas chagas de Jesus. “Pelas suas pisaduras (chagas) fomos sarados” (Isaías 53.5).

Satanás quer nos manter presos dentro da cadeia do descontentamento. Aprenda a alegrar-se no Senhor. Paulo e Silas estavam feridos e acorrentados dentro de uma prisão em Filipos; porém, eles cantavam e louvavam a Deus. O que aconteceu? As cadeias foram abertas e houve salvação naquela noite.

Quando Jesus faz a vontade do Pai, cumpre a justiça, de ser batizado por João, o Espírito Santo vem sobre Ele e o Pai se alegra e diz: “Este é o meu filho amado em quem tenho prazer” (Mateus 3.16,17).

Cumpra o propósito de Deus e toda a justiça. Deus o abençoe.


Perguntas de Fixação.

1) O que quer dizer “cumprir toda a justiça”?


2) Em que consiste a principal proposta de Satanás?


3) Qual a providência de Deus para a cura de nossas enfermidades e escravidão dos desejos de atenção especial? (A resposta a esta pergunta requer uma comprensão da cruz e das feridas de Jesus).

O ESFRIAMENTO DO AMOR

O ESFRIAMENTO DO AMOR.

Muitas vezes vimos para uma reunião de culto e queremos assistir algo que nos agrada, como um show de entretenimento. Os cantores e pregadores precisam usar técnicas de market e comunicação para atrair e agradar a platéia.

Nada há que tira a importância e barateia o evangelho mais do que isso! Jesus se torna apenas um nome de um deus usado segundo a conveniência dos pregadores e dos ouvintes; e o preço pago na cruz um adereço fraco e opaco, diante do que realmente foi, a fim de conquistar bens terrenos e passageiros de alegria e de restituição de bens materiais “sete vezes mais”. E tudo termina por passar uma sacolinha, que se torna a bolsa de um grande comércio que envergonha e torna pequeno o evangelho e, ainda, cospe no rosto ensaguentado do Senhor Jesus.

A morte de Jesus não tem como objetivo principal conquistar para nós nada desta terra. Ali está a nossa salvação, a libertação de nosso “eu” e, no Seu sangue, a purificação dos nossos pecados.

- Suas dívidas são pagas por uma vida administrativamente correta.
- Seu casamento é sarado por meio de uma libertação do seu egoísmo e orgulho, e por obedecer e aplicar os princípios da Palavra de Deus.
- Seu sucesso profissional vem por meio de sua preparação e capacitação, honestidade e dedicação.
- a aquisição dos seus bens por meio do planejamento e da economia.

Nada disso, portanto, tem a ver com o evangelho, ou a salvação, mas pela observação de princípios que são universais. Jesus disse no sermão da montanha que “o sol nasce sobre maus e bons e a chuva desce sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Em Provérbios 14.4 diz “Não havendo bois o estábulo fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheita”. O trabalho esforçado e uma boa administração dentro dos bons princípios concede prosperidade tanto ao homem bom como ao mau.

Estão usando o dízimo, hoje, como moeda de barganha para com Deus. Dar o dízimo não é nenhuma vantagem; é dar o que Deus requer. É obediência. Não é por tristeza, por pena, ou por necessidade. Dou o que é dele, assim como pago o que devo. O dízimo, como toda obediência a Deus, trás a Sua benção sobre a vida de quem assim procede pela fé.

Vamos ler o texto de Mateus 24.1-51 que fala acerca dos tempos em vivemos.

“E, QUANDO Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada. E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá. E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes”.

Nestas palavras Jesus fala de acontecimentos, que para nós, hoje, alguns já se cumpriram, como parte do julgamento sobre Israel; outros que estão nos noticiários e presenciamos, vivemos e estamos no meio desses acontecimentos; outros ainda acontecerão.

É o assunto do v.12 que queremos tocar com vocês. “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará”. Uma breve observação do ser humano na face da terra é suficiente para comprovar essas palavras de Jesus.

Quanto aos últimos vinte anos muitos dizem que foram de grande avivamento e de grande crescimento do evangelho; segundo as estatísticas recentes o número de evangélicos no Brasil chegou a 43 milhões de membros e frequentadores de igrejas evangélicas. Existe um convencimento de “graça” e “salvação” dando lugar à iniquidade e à comercialização das coisas santas. Ainda vendem-se indulgências e comercializam bêncãos. “A mão de Deus se move conforme move a mão do ofertante”. E um bando de engravatados com títulos de pastores e missionários prometem tudo em nome de Jesus, mas nos bastidores se banqueteiam, adulteram e escarnecem com as sacolas cheias dos dinheiros dos fiéis. Essa, creio, é a maior iniquidade. Não é a dos satanistas declarados, as prostitutas vestidas de modelo e atrizes que entram nas casas por meio da televisão, dos homossexuais e, enfim, de todos os pecadores assumidos. Esses já sabem quem são e para onde vão.

Jesus falou de falsos cristos, profetas enganadores. Mas esta é a prova para os verdadeiros salvos. Permanecer fiel até o fim.

Se seu coração é fiel e você é um escolhido de Deus, você não será enganado, mas vai perseverar firme até o fim para a sua salvação.

Passamos por lutas e provas, fomos feitos à semelhança de uma espada, na fornalha, na bigorna e na marreta, mergulhados no óleo do Espírito; nosso cerne é o Senhor Jesus Cristo e ficaremos firmes e, enfim, seremos recolhidos desta terra para a nossa mansão que é no céu.
Aleluia! Maranata!

KOINONIA - A POSIÇÃO DO SALVO.

KOINONIA – 02 DE SETEMBRO DE 2007.

A POSIÇÃO DO SALVO – Texto: Efésios 4.1-16.

A posição espiritual do salvo em Cristo não é conforme os padrões e paradigmas desta terra.

Somos eleitos por Deus antes da fundação da terra para um propósito: sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em Seu amor Ele nos predestinou para sermos Seus filhos de adoção por Jesus Cristo e, para louvor e glória da Sua graça nos fez agradáveis para Si no Amado.

Todas as coisas convergem para Cristo; embora segundo a aparência deste mundo, toda a movimentação política e cultural do mundo, converge para o anticristo. O mundo fala de paz, que é a paz deste mundo. Jesus fala da paz, que não é deste mundo.

Andando em acordo com o curso deste mundo, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos estávamos mortos. Fomos vivificados e ressuscitados juntamente com Cristo e fomos assentados em lugares celestiais em Cristo Jesus. Somos, portanto, salvos por meio da Sua graça, o que não nos dá mais o direito de viver pecando.

Nossa salvação é o bem maior que possuímos e nós mesmos não somos mais possuidores de nós mesmos. Paulo chama-se “o preso do Senhor”. Existem apenas duas, que são as situações do ser humano.

A primeira é: “preso de si mesmo”. Isto significa, preso pelo seu ego, seu capricho, sua vaidade e orgulho, pelo governo de si mesmo e enredado nas teias do pecado, e na independência em relação a Deus; porém, profundamente dependente de ser valorizado e bajulado. Existe somente uma religião fora do cristianismo, o humanismo; que é a construção de valores que coloca o homem no centro e anseia elevá-lo à posição de Deus.

A segunda situação do homem é “preso do Senhor”. Ser um verdadeiro discípulo do Senhor e, portanto, um cristão, é negar a si mesmo, renunciar a tudo quanto é e tem, tomar a cruz e seguir a Jesus. Satanás, no Éden, transfigurado em serpente, disse: “certamente não morrereis”. Hoje, transfigurado em anjo de luz, na boca dos seus ministros, transfigurados em ministros de justiça, ainda diz: “certamente não morrereis”. Pedro chamou Jesus a parte e disse: “Tem compaixão de ti mesmo, isto de modo algum te acontecerá”. É o que se diz: “negar a si mesmo, não”. “Renunciar, nunca”. “Você é precioso demais para estar assim sofrendo”. Pedro ouviu Jesus dizer: “Para trás de mim, satanás, que não cogitas nas coisas de Deus, mas somente as que são dos homens”.

Nossa posição e nossa vida é em Cristo e na Sua morte. O Cristo na cruz, ferido e ensanguentado não parece símbolo de vitória, mas de destruição e derrota. “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Isaías 53.1-6). Esta nossa posição em Cristo é no Seu Corpo, que é a Igreja. Igreja como corpo, vida e relacionamento; edificação, discipulado e crescimento em amor, por meio do ajuste, ligação e auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte.

Devemos andar de modo digno da vocação com que fomos chamados. Um chamado que não está ligado à nossa compreenção, mas ao propósito de Deus.

Efésios 4.2. “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”.

Efésios 4.3. “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. Unidade é a unidade com o corpo; paz com o corpo, por Deus. Não é a unidade e paz com a tolerância e a convivência com as diferenças. As diferenças que o mundo aceita (homossexualismo, pedofilia, religiões, o coexistir, etc.) é para eles e entre eles. Porém, a nossa diferença, como verdadeiros discípulos de Jesus e cristãos, não é aceita.

Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou” (João 15.17-21).

A unidade do corpo é a unidade da Igreja, dos salvos, dos membros do Corpo, dos discípulos de Jesus.

Efésios 4.4. “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação”. Uma só esperança. Nossa esperança não está nesta terra; embora nela plantamos e colhemos. Se não der tempo de colher, não tem importância. Porque aqui não é a nossa verdadeira semeadura.

“Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” Atos 1.11.

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” João 14.1-3

“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” Filipenses 3.18-21.

“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” 1Coríntios 15.9.

Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” 1Tessalonicenses 4.16-18.

Amém.