sábado, 10 de novembro de 2007

LIção de Célula: Propósito Eterno de Deus - 7 - Como a Igreja Edifica a Si Mesma

LIÇÕES PARA CÉLULAS: Fundamentos

Lição 07 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – COMO A IGREJA EDIFICA A SI MESMA.

Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. Efésios 4.11-16

Quebra-gelo. Vamos começar com uma pergunta bem complicada? “O que faz um corpo vivo crescer?” A vida começa na formação de uma célula. Esta célula precisa ser normal e bem nutrida. A palavra normal quer dizer que deve estar dentro das normas estabelecidas da perfeição e do bom funcionamento. No que o Criador projetou uma determinada célula precisa ser “fecundada” por outra, então dá início a uma nova vida, independente da primeira, contudo da mesma essência, espécie e natureza. O desenvolvimento e crescimento deste corpo vivo se dá pela ordem natural das leis estabelecidas por Deus mediante os fatores externos de ambiente protegido e nutrientes adequados. Não podemos entrar em muitos detalhes, porém os alimentos para o crescimento do corpo estão divididos em três grandes grupos:
Construtores. Constituídos fundamentalmente pelas proteínas, que entram na formação dos nossos tecidos e também na reconstrução dos tecidos gastos. Formam nossos órgãos, ossos, sangue, músculos, unhas, cabelos e pele.
Energéticos. Como o nome diz, deles obtemos energia para todas as funções físicas: circulação, respiração, digestão, movimento. Quanto mais intensa a atividade física, mais alimentos desse grupo precisa ingerir. São os carboidratos e as gorduras.
Reguladores. Eles controlam e auxiliam o metabolismo hormonal e dos outros nutrientes e são constituídos pelas gorduras nutricionais, vitaminas e pelos sais minerais. Como os alimentos fornecem pequenas quantidades desses elementos, a dieta diária deve ser sempre muito variada.
Além desses alimentos (os construtores e os energéticos, que são macronutrientes e os reguladores, que são micronutrientes) um corpo vivo tem a necessidade de fibras e água que são essenciais no funcionamento de todo o organismo.
O corpo precisa, também, de atividades e exercícios físicos regulares para a formação e desenvolvimento dos ossos, nervos e músculos em geral.
Líder de célula, faça o melhor que puder e dê essas informações com bastante interesse e entusiasmo; concluindo que, nossa vida espiritual e o corpo de Cristo, que é a igreja, precisam de elementos importantes para crescer, desenvolver e fortalecer. Quando um corpo é bem alimentado e se exercita ele cresce por si mesmo com o correto funcionamento de cada parte; mesmo não sabendo conscientemente como isso acontece. Agora, imagine se uma mãe para fazer seu filho crescer precisasse todo dia, ou semana, ou mês, ou ano, colocar nele mais um pedacinho de braço, de mão, de perna, de pé, de corpo, de cabeça, ou estar a esticar ele a fim dele crescer mais um pouquinho! (Você pode trabalhar essa hipótese absurda com massinha de modelar).

Introdução. O corpo é uma unidade onde tudo funciona em função do corpo e a favor do corpo. Nada funciona para si mesmo independentemente; tudo é distribuído para que todos os membros cresçam de maneira adequada e bem ordenada. Uma vez que nascemos de novo no corpo de Cristo e temos uma nova vida, devemos viver de maneira digna da vocação com que somos chamados, em unidade e edificação do corpo de Cristo em amor.

COMO A IGREJA EDIFICA A SI MESMA

Ao longo dos séculos, e seguindo uma tradição do paganismo antigo de Roma, a Igreja passou gradativamente a adotar um sistema de divisão entre os que ministram no altar e os que são ministrados. Porém, o que vemos no Novo Testamento é que a Igreja era edificada sobre o fundamento dos apóstolos, que era a base doutrinária de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações... E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2.42,46,47).

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Efésios 2.20-22).

1) A correta função dos ministérios.
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.11,12).

A palavra aperfeiçoamento significa o perfeito ordenamento dos santos. Cabe aí um entendimento e um discernimento espiritual para que o corpo, isto é, a igreja, esteja bem ordenada e coordenada, para que cada um membro faça a parte que lhe cabe na obra do ministério e cada um por si, e todos conjuntamente, promovam a edificação do corpo de Cristo.

A igreja quando está dividida entre os "servos de Deus" e os demais, produz uma distorção do padrão bíblico para a edificação da igreja. Gerando uma anomalia no corpo, quando uns poucos trabalham na edificação e os outros são edificados. Uns poucos servem e os demais são servidos. A função dada por Jesus aos ministérios é prover o corpo de Cristo das condições e dos meios necessários para que a edificação seja realizada por meio de todos e para todos.

2) O desempenho do serviço dos santos.
“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Efésios 4.13,14).

A ação e o perfeito desempenho de cada santo, como membro do corpo de Cristo, produz crescimento e amadurecimento espiritual. Os espaços para imaturidades e confusões doutrinárias e espirituais deixam de existir. Tudo é preenchido com o conhecimento de Cristo, com a firmeza bíblica e com as doutrinas incorruptíveis da Palavra de Deus.

3) Crescimento em tudo pela verdade em amor.
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para a sua edificação em amor” (Efésios 4.15,16).

Uma questão fundamental no corpo é o compromisso de cada membro com o próprio corpo. A visão que o profeta Ezequiel teve do vale de ossos secos (Ezequiel 37) nos ensina isso. Após profetizar ele verificou que no meio daquele grande barulho e aparente confusão, cada osso procurou o seu próprio osso, ou seja, o seu devido lugar no corpo; então, foram unidos pelos ligamentos e entenderam-se a carne e a pele; após tudo isso, veio o espírito que entrou nos corpos, que puseram-se em pé como um numeroso exército.

Cada membro tem o seu lugar, a sua função e a sua importância no corpo. A justa cooperação de cada parte, faz o aumento do corpo, para a sua edificação em amor.

Conclusão. Muitas coisas do que vemos hoje como prática da igreja, não estão relacionadas como o ensino de Jesus e dos apóstolos. O que houve não foi um progresso, tão pouco uma conquista. Mas um deixar do ensino de Jesus e dos apóstolos e, decorrente disto, uma derrota. A igreja, ao usar a prática de concentrações de massas e o surgimento das estrelas da pregação, não está promovendo o crescimento do corpo, mas o engrandecimento de ministérios particulares e descomprometidos com a edificação do corpo de Cristo e comprometidos com o crescimento númerico das congregações com vistas à promoção pessoal e denominacional. Os ministérios descritos no Novo Testamento visam que, cada membro esteja adequadamente ajustado no seu devido lugar em um verdadeiro discipulado, onde todos são sacerdotes, obreiros e têm um trabalho a desempenhar. O corpo bem alimentado, saudável e ativo, produz o seu próprio crescimento. Assim é a igreja, como corpo de Cristo.

Aplicação. Meu irmão, você é um santo do Novo Testamento. Acabou-se o judaismo e acabou-se o paganismo em sua vida. Você foi batizado no corpo de Cristo como um membro deste corpo. “Pois todos nós fomos batizados em um espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um membro, mas muitos” (1Coríntios 12.13,14). Como parte deste corpo seu chamado e sua vocação são celestiais e são santas. Seu crescimento é espiritual, é no corpo de Cristo e por meio do corpo de Cristo, na igreja, no seu discipulado, na sua fé e na sua obediência.

Oração. Tenham um gostoso momento de oração de mãos dadas. Peçam ao Senhor que, cada um, verdadeiramente, sirva ao irmão em santidade e amor, e promovam, cada um, o crescimento espiritual do outro no pleno conhecimento de Cristo Jesus, Senhor de todos nós e Cabeça do corpo.

AS TREVAS COBREM A TERRA

AS TREVAS COBREM A TERRA.

Texto de Watchman Nee (China - comentado por Edíner Joaquim Bastos.
Comentário em letras vermelhas e textos bíblicos adcionados em verde.

Watchman Nee (1903 - 1972) foi um influente líder cristão chinês no período anterior ao regime comunista. Nee converteu-se a Cristo aos 18 anos de idade quando era aluno da Faculdade Trinity em Fu Tchow, preferindo ser evangelista a ter carreira universitária. Após a sua conversão mudou seu nome de Nee Shu-tsu para Nee To-sheng, pois havia um costume local de que sempre que acontecia um evento que mudasse uma pessoa, esta pessoa mudava de nome. No caso de Nee, foi sua conversão ao Cristianismo.
Inicialmente trabalhou com a
Igreja Metodista, porém, descontente com as igrejas denominacionais, Nee começou a restauração da Igreja segundo as Sagradas Escrituras.
A congregação de Nee em
Xangai logo cresceu, chegando a ter 3000 membros, obrigando-o a realizar algumas mudanças – ele dividiu a igreja em 15 grupos familiares. Apelidado de "Little Flock" ("Pequeno Rebanho"), cada grupo familiar, centrado no evangelismo, consistia de até 200 membros. Na década de 1940 havia 470 grupos afiliados à igreja de Xangai.
Em 1941, com a ocupação de Xangai pelos japoneses, foram impostas restrições sobre os membros da igreja e as finanças foram reduzidas antecipando o que ainda estava por vir. Nee e seu irmão estabeleceram uma empresa farmacêutica para ajudar a complementar as necessidades financeiras da igreja.
Em 1949 o
Partido Comunista Chinês derrubou o governo nacionalista e proclamou a República Popular da China. No começo, a igreja ficou esperançosa com o novo governo, mas após dois anos a situação começou a mudar quando os comunistas revelaram os seus planos de controlar a igreja.
Através de seu
Movimento da Reforma da Tripla Autonomia, o governo visava tornar a igreja auto-governada, auto-sustentada e auto-propagada. Ela foi colocada sob a autoridade da Agência de Assuntos Religiosos, a qual pressionou a igreja a persuadir os missionários a deixarem a China, expurgando do país os “imperialistas’.
Durante esse tempo, os grupos familiares resistiram bravamente a se unir à Igreja Cristã Nacional (sob o controle do governo comunista), considerada como uma organização fantoche. Milhares dos seus membros foram mortos ou feitos prisioneiros. Freqüentemente infiltrada por informantes comunistas, as igrejas eram forçadas a realizar reuniões para encorajar a auto-crítica e a reforma. Os pastores foram acusados de capachos dos estrangeiros e Nee logo foi acusado de liderar um grande sistema secreto que distribuía veneno anti-revolucionário.
Em
1952 Nee foi preso e submetido a quatro anos de “reeducação”. Antes de ser preso, ele ajudou a organizar várias igrejas subterrâneas.
Em
1956 ele outros da membros da igreja foram a condenados a quinze anos de prisão na Primeira Prisão Municipal de Xangai.
Ele deveria ter sido posto em liberdade em
1967, durante a Revolução Cultural, mas teve a sentença ampliada, e o governo deu início a outro ataque furioso contra a igreja. Os cultos foram interrompidos e todos os edifícios religiosos deveriam ser “secularizados”. Os comunistas prometeram libertar Nee se ele concordasse em não voltar a pregar. Nee não aceitou e foi transferido para outra prisão onde acabou morrendo. Conta-se que Watchman Nee foi proibido de até mesmo escrever enquanto estava na prisão, como não obedeceu, teve suas mãos cortadas, passando a escrever com os pés até que o matassem.
Nee foi um líder cristão extraordinário, cuja visão de uma igreja nacional na China preparou os crentes para a perseguição sob o comunismo. Seus escritos foram traduzidos em vários idiomas, inclusive o português, e estão sendo impressos até hoje.

A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de Satanás fosse nós, os crentes.

Os crentes se referem aos verdadeiros discípulos de Jesus. O ataque hoje é contra a integridade da fé em Cristo, contra a verdadeira doutrina bíblica com a infiltração sutil de mentira e enganos.

Por isso, na era atual, o problema que existe é se você e eu podemos perseverar até a última meia hora. "[Satanás] Magoará os santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Magoar tem aí o sentido de "desgastar", consumir devagar. É muito mais difícil reconhecer Satanás como aquele que desgasta os santos do que um Satanás que ruge como um leão. E a sua obra de consumir lentamente os santos já começou.

A destruição não vem com uma pancada violenta, mas um desgaste gradativo. É um roubo gradativo da fé, com a substituição aos poucos de crenças, permissões e práticas contrárias à Palavra de Deus que, a princípio, são rejeitadas, depois aceitas como normal e permitidas.

Sempre que vou à Montanha Kuling, caminho ao longo da correnteza que há ali. Freqüentemente vejo rochas enormes, mas que são côncavas no meio como bacias de tomar banho. Isto acontece por causa das muitas pedrinhas que diariamente as desgastam. Do mesmo modo Satanás trata os filhos de Deus. Em lugar de matá-los de um só golpe, tenta desgastar os santos, dia a dia, de modo que sem que percebam acabam gravemente feridos depois de algum tempo.

Nos tempos de hoje vivemos uma avalanche de “pedrinhas” que passam por nós para desgastar a nossa fé e mudar nossa maneira de crer e viver como discípulos do Senhor. Em tudo que existe que tem sua fase de crescimento, quando esta pára, começa a haver o desgaste. Seja uma vida humana, uma árvore, ou mesmo uma montanha. O desgaste começa quando termina o processo de crescimento. A vida cristã jamais deve estacionar, seu processo de crescimento não pode parar. A Bíblia nos diz que nosso crescimento em Cristo não pára nunca. Até na eternidade continuaremos a crescer no conhecimento de Deus e de Cristo.

“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.15).
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém” (2Pedro 3.18).

Os olhos do Senhor estão sobre nós, portanto não temamos o sofrimento. Se acontecer de nós nos desviarmos com medo do sofrimento, todos os nossos sofrimentos do passado terão sido em vão. Uma pessoa profundamente espiritual escreveu certa vez:

“Quando lemos 2 Tessalonicenses 2.3 e 2 Timóteo 3.1-13, ficamos sabendo que antes do dia da volta do Senhor haverá apostasia e dias perigosos quando a maldade e a mentira aumentarão grandemente. Tal apostasia não se refere à educação, gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas e progresso mental e físico. Relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Aponta para igrejas renomadas que se inclinam para a chamada Alta Crítica (na verdade não passa de incredulidade), e negam as obras sobrenaturais de Deus, tais como a regeneração, a santidade, orações atendidas e a revelação do Espírito Santo”.

"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2Tessolanicenses 2.3).

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; e também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados (2Timóteo 3.1-13).

Muitas igrejas renomadas permitiram aos poucos a infiltração de doutrinas estranhas em nome de modernidade e avivamento e pentecostalismo. Outras, em nome de ortodoxia e tradicionalismo, desviaram-se também da verdadeira fé. O verdadeiro evangelho fala da cruz, de renúncia, de arrependimento e da união com Cristo em sua morte e ressurreição.

Antes da vinda do Senhor, haverá muita fraude e muito erro; e, se fosse possível, até os escolhidos seriam enganados. A "forma da piedade" será aumentada. A fé será diminuída por causa de credos falsos, engendrados por Satanás, e também o amor pelo mundo e a negação da palavra de Deus. Um irmão disse bem: tais obras satânicas produzirão um efeito intangível que nos envolverão como o ar. Haverá uma forma de piedade exterior, mas por dentro estará cheia de maus espíritos e da melancolia do inferno. Esses espíritos malignos farão o máximo para desviar e oprimir os filhos de Deus. Atacarão nosso corpo, diminuirão nossa vontade e embrutecerão nossa mente. Toda espécie de sensações e provações estranhas nos sobrevirão, fazendo-nos perder o desejo de buscar a Deus e a força de fazê-lo, cansando nosso espírito, embotando nossa mente e tornando-a entorpecida e, ao mesmo tempo, fazendo-nos estranhamente amar os prazeres e costumes do mundo como também cobiçar as coisas proibidas por Deus.

A mente das pessoas tem muita facilidade de aceitar e acomodar-se às coisas do mundo e as coisas mais fáceis. O homem, geralmente, por sua natureza pecaminosa tem propensão para o erro e para o engano. A verdade vem por uma revelação do Espírito de Deus a medida que há uma procura por parte do homem e por uma vontade expressa de Deus.

Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8.29,30).

“Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11.27).

“Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido” (Mateus 19.11).

“E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido” (João 6.65).

Não podemos imaginar que uma pessoa que, verdadeiramente, conhece o Senhor, e é um discípulo, dê lugar em seu coração para o diabo e para o engano. Porém os ataques serão muito fortes; foi assim com a vida do Senhor Jesus, que na tentação no deserto, e em outras situações, poderia ter cedido aos apelos insistentes deste século e ter apostatado-se da fé e do propósito pelo qual veio ao mundo. Satanás tentou, por todas as maneiras, que Jesus deixasse a cruz e vivesse segundo o curso deste mundo. Assim o inimigo de nossas almas (não podemos esquecer essa qualificação do diabo como nosso inimigo) fará de tudo, e proporá todos os meios e condições, a fim de que deixemos a firmeza em Cristo, na Palavra e na fé verdadeira para seguirmos alguma coisa parecida com Cristo, com a Palavra e com a fé verdadeira. Imitações não faltarão neste mundo. Hoje em dia tudo é pirateado. Porque o Evangelho ficaria de fora? Cabe a você pagar mais caro e obter o verdadeiro e original que tem o selo da garantia de Deus e da salvação eterna. Este selo de Deus tem a marca da Cruz, do Sangue de Jesus e do Espírito Santo da promessa.

Perderemos a liberdade e o poder de pregar; não poderemos nos concentrar para ouvir as mensagens; e seremos incapazes de nos ajoelhar para orar dedicadamente por algum período mais longo. Tais trevas e tal atmosfera deverão ser enfrentadas com resolução. Sem dúvida Satanás procura obscurecer nossa mente e vontade com uma espécie de poder inconcebível para que se torne extremamente difícil andar com Deus e muito fácil viver de acordo com a carne. Acharemos que é difícil servir a Deus fielmente e orar com perseverança, como se tudo dentro de nós se levantasse para impedir-nos de seguir o Senhor Jesus até o fim e fazer-nos concordar com o mundo.

A pressão que o cristão sofre neste mundo é algo poderosíssimo. Tudo isto porém é para nos provar e conhecer o nosso coração. Quem está disposto a suportar a cruz e o sofrimento por causa de Jesus? As trevas cobram a terra. Mas a luz do Senhor está conosco e em nós.

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12).

As trevas que estavam sobre o mundo, antes de Deus colocar ordem no caos, estão sobre a terra por causa do pecado e, consequentemente, das atitudes rebeldes e obstinadas dos homens. A luz que brilha neste mundo é a luz de Jesus. Essa luz deve estar refletida na face dos discípulos de Jesus. Jesus afirmou aos seus discípulos, ou seja, a nós, que somos o sal da terra e a luz do mundo. Mas um texto tremento está em 2Coríntios 3.18.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

A atmosfera à nossa volta nos obrigará a trair a Deus e a desistir de nossas sinceras orações. Embotará nossa sensibilidade espiritual para que não vejamos as realidades celestiais ou a gloriosa presença do Senhor. Assim facilmente negligenciaremos a comunhão com Deus e descobriremos que é difícil manter comunhão com ele.

Pergunto aqui: é fácil para você separar tempo, todos os dias para ler a Bíblia e orar? É fácil renunciar a sua vontade, se esvaziar e fazer a vontade do Pai? Sabemos que o ambiente e nossa natureza sãos opostos a Deus e ao Seu chamamento para nossas vidas. Vencemos isto com disciplina, resolução e persistência. Isto, porém, é furto do novo nascimento. Quando experimentamos o batismo, como nossa verdadeira união com Cristo, em sua morte, sepultamento, ressurreição e a nova vida. A Bíblia diz que, pelo poder de Deus, ressuscitamos. Há, portanto, uma nova vida em Cristo.

“Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses 2.12).

Esta nova vida em Cristo nos leva para cima em um crescimento contínuo e initerrupto. Em tudo e em todo tempo somos forçados a provar quem somos pelas nossas escolhas, nossas prioridades. Por exemplo, a palavra de Jesus “buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça...” foi dirigida aos seus discípulos. Esta palavra é para quem lança o firme fundamento do ouvir, da fé e da obediência. As provas virão, mas a vida em Cristo permanecerá firme de pé.

Já estamos sentindo o começo destas influências. A concupiscência do mundo tece sua rede extensa de muitas maneiras à volta dos crentes. Torna-se cada vez mais apertada e mais forte com o passar do tempo. Muitas coisas que nas gerações passadas eram inimagináveis agora estão sendo praticadas sem restrição. Muitos lugares de adoração não só resistem à entrada de coisas espirituais, bloqueando reavivamentos, mas também introduzem toda espécie de festejos e coisas duvidosas.

Quando estas palavras foram citadas não se tinha idéia, talvez, como a situação prioraria e muito. Existe uma rede que tem aprisionado as pessoas no mundo inteiro. É impressionante como satanás, embora oculte suas intenções, deixe sempre uma pista, uma mensagem, para quem quiser entender. As letras “www”; presentes nos endereços da internet, que está presente no mundo inteiro, até para quem acha está fora da internet; significam: World Wide Web, cuja tradução é "rede de alcance mundial".

Situação que, no passado, não eram aceitas na comunidade cristã, como prostituição, homossexualismo, aborto, segundo casamento, fornicação, festas mundanas, músicas profanas, estão presentes hoje no meio do povo que se diz de Deus. Um conhecido movimento gospel vive em carnalidade e influência dos demônios que agem neste mundo. Paulo diz que o curso deste mundo está de acordo com o príncipe da potestade do ar, do espírito que opera nos filhos da desobediência (Efésios 2.2).

Falando de um modo geral, em todo o mundo, a diminuição da fé e o desenvolvimento da apostasia são evidentes. Naturalmente, reconhecemos que ainda há muitos lugares abençoados por Deus. Mas examinando a situação da igreja no mundo inteiro como um todo, não deixa de apresentar um quadro digno de dó.

Numa visão geral da igreja vemos que grande parte dela tem vivido segundo este mundo. A apostasia segundo uma definição é: “Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua e à prática religiosa. Tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto”. As atuais práticas de fé e prática da igreja têm demonstrado esta apostasia. Existe uma exaltação do culto às personalidades e instituições. Deixou-se o Deus verdadeiro e Sua Palavra e tem-se adorado a criatura e seguido doutrinas e palabras humanas.

Tendo visto estas coisas, não podemos deixar de gritar à igreja de Deus que se levante, que desperte, que retorne à comunhão com Deus e que agrade ao Senhor no tempo que ainda resta. Estejamos preparados para comparecer diante do tribunal de Cristo e apresentar o nosso caso.

Deus, por Sua Palavra, nos chama a nos converter a Ele com todo o nosso ser. Ante a situação presente, tantos movimentos evangélicos, tantas estrelas evangélicas (golpel). Pode piorar, mas nunca esteve pior do que está hoje. Isaias, já no seu tempo, nos fazia um apelo:

“Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti; Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti. E os gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu. Levanta em redor os teus olhos, e vê; todos estes já se ajuntaram, e vêm a ti; teus filhos virão de longe, e tuas filhas serão criadas ao teu lado” (Isaías 60.1-4).

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Lição para Célula - 06 - Propósito Eterno - A Igreja como Nação Sacerdotal

Lição 06 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – A IGREJA COMO NAÇÃO SACERDOTAL.
Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. 2Pedro 2.9,10

Quebra-gelo. Preparar algumas bolinhas de papel, ou bolinhas de borracha, o que lhe parecer melhor. A uma certa distância colocar um cesto, ou uma caixa, enfim, um alvo para se atirar as bolinhas. Dar a cada participante da célula três chances de acertar o cesto. Tirar as seguintes lições dessa atividade: devemos mirar o alvo, devemos nos concentrar e devemos atirar na direção certa. Os resultados imediatos e simples é que sentimos satisfação ao acertar o alvo e frustração quando erramos. Quando erramos, tentamos na próxima vez fazer melhor: mira, concentração e ajustar a direção. Quando acertamos tentamos repetir a técnica e, se possível, aperfeiçoar ainda mais a mira, a concentração e a direção.

Introdução. Quando temos em mente um determinado propósito e um alvo a alcançar, devemos planejar os passos necessários para alcançá-los. Não podemos agir de qualquer forma, usar qualquer estratégia e atirar em qualquer direção. Precisamos estabelecer uma estratégia específica e buscar os meios corretos e coerentes que nos levarão a alcançar o propósito e o alvo pretendidos. Assim é Deus que determinou Seu propósito eterno e definiu a estratégia, os passos e os recursos a serem aplicados. A igreja é o instrumento do propósito divino e provida por Deus de todos recursos necessários para a realização e cumprimento do Seu propósito eterno.

“Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele” (Efésios 3.4-12).

A IGREJA COMO NAÇÃO SACERDOTAL

1) Israel. Ao estabelecer Israel como nação Deus disse que todos seriam sacerdotes. O povo, porém rejeitou o sacerdócio porque temeu achegar-se à presença de Deus. Os descendentes de Levi, uma das tribos de Israel, foram, então, separados para o serviço do Senhor e Arão e seus descendentes designados a fim de exercer o sacerdócio. Moisés, que conhecia o propósito do coração de Deus, também desejava que todo povo fosse profeta.

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.5,6).

“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis” (Êxodo 20.18-20).

“Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o Seu Espírito sobre ele!” (Números 11.29).

2) A Promessa. Deus anunciou através do profeta Joel que derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. E Jesus falou dessa promessa que capacitaria Sua Igreja a ser Sua testemunha para todas as nações da terra.

“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2.28,29).

“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.4,5,8).

3) A Igreja. Com o estabelecimento da Igreja e batismo com o Espírito Santo no dia de Pentecostes cumpre-se o propósito de Deus de ter uma nação de sacerdotes.

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1Pedro 2.9,10).

Conclusão. Estas palavras romperam com a tradição judaica em que o ofício sacerdotal era restrito a poucos dentro o povo de Deus. Esta era uma das limitações do Velho Testamento. Esta limitação foi rompida com a manifestação do Filho de Deus que foi sumo-sacerdote e, Ele mesmo, sacrifício perfeito em favor de nossa salvação e de nos fazer povo especial de propriedade exclusiva de Deus – um reino de sacerdotes.

“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção... Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9.11,12,24-28).

Segundo a obra realizada por Cristo Jesus em cumprimento ao propósito eterno de Deus todos os filhos de Deus e membros de Sua grande familia são sacerdotes. Infelizmente muitos têm perdido esta visão e adotando práticas do Velho Testamento, estabelecendo uma linhagem de hierarquia. A verdade da Nova Aliança no sangue de Jesus é que todos nós somos sacerdotes, filhos de Deus e discípulos, que devemos pagar o mesmo preço de consagração, renúncia e, cada dia, levar a cruz.

Aplicação. A fim de alcançarmos o alvo e o propósito de Deus precisamos entender Sua estratégia: ele nos fez sacerdotes para as nações, de modo que apresentemos o Seu testemunho a todos os povos da terra. Ler a Bíblia, desenvolver uma profunda intimidade com Deus através da oração e da comunhão são condições de um discipulado a que todos os salvos são chamados e vocacionados. Na visão de Jesus para Igreja, que está edificada sobre ele mesmo como fundamento, não existem “super astros do púlpito”; mas todos são membros do Corpo de Cristo e os ministérios que são distribuidos entre todos têm a finalidade de edificar da Igreja em amor.

Oração. Orem todos, pedindo que Deus lhes mostre a estratégia dele para a vida de cada um, de modo que acertem o alvo e se cumpra todo o propósito de Deus.

Lição para Célula - 05 - Propósito Eterno - Nossa Vocação dentro do Propósito Eterno

Lição 05 – O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS – NOSSA VOCAÇÃO DENTRO DO PROPÓSITO ETERNO.
Estudo Baseado na Apostila Fundamentos. Revisado e Escrito por Edíner J. Bastos.

Texto Básico. 2Timóteo 1.8-11.

Quebra-gelo. Vamos fazer uma relação de materiais necessários para construirmos uma casa. O terreno já está limpo e preparado; vamos, então, comprar os materiais de nossa lista: pedras, britas, ferragens, areia, cimento, tijolos, etc. De quem eram esses materiais antes de serem comprados para a execução do seu projeto? Agora, que foram comprados, pertencem a quem e a que se destinam? (Lider de célula: explique aos participantes que, como os materiais para uma construção são destinados àquele fim específico, o Senhor nos resgatou do mundo e do pecado com uma vocação e um chamado especiais; trata-se da construção de um edifício onde Deus possa morar em Espírito, melhor dizendo, uma família que glorifica o Seu Nome).

Introdução. Deus tudo faz com base no Seu propósito. “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho de Sua vontade” (Efésios 1.11). A Palavra de Deus nos afirma que fomos chamados segundo o propósito de Deus. Deus nos conheceu e nos predestinou (esta é a palavra que o apóstolo Paulo usou, cujos significados também são: predeterminou e ordenou) para sermos conformes a imagem do Seu Filho a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos. Deus, então, deu passos decisivos em direção ao cumprimento de Seu propósito: aos que predestinou, Ele chamou; aos que chamou, Ele justificou; aos que justificou, Ele glorificou. Nosso chamamento, portanto, está de acordo com o propósito que Deus determinou antes da fundação do mundo. É isto que precisamos descobrir e vivermos conforme este propósito eterno do Senhor Deus. Romanos 8.28-30.

NOSSA VOCAÇÃO DENTRO DO PROPÓSITO ETERNO.

“Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2Timóteo 1.8-11).

“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1.18).

Quando recebemos o entendimento do propósito eterno de Deus em nossos corações e compreendemos o nosso chamado e vocação ocorrem pelo menos três coisas fundamentais em nossas vidas.

1) Nós tornamos prisioneiros desta vocação. “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.12-14). Paulo sentia-se um preso em Cristo Jesus por causa do seu chamado e prosseguia para alcançar o alvo, que é o propósito de Deus.

2) Andamos de modo digno da vocação. “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação” (Efésios 4.1-3). Nossa vida passa a ser conduzida de acordo como a nossa vocação celestial da qual nos tornamos participantes. “Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hebreus 3.1).

3) Faremos cada vez mais firme a nossa vocação. “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pedro 1.3-11). Conforme expressou o apóstolo Pedro neste texto de sua segunda carta, nos esforçaremos a fim de confirmar nosso chamamento e vocação por meio do crescimento espiritual e do fruto do Espírito Santo em nós.

Conclusão. O propósito do coração de Deus para nós se constitui em um chamado, o que se torna a nossa vocação. Vamos concluir observando a definição dessas duas palavras.

Chamado. Escolha, designação, chamamento, convocação.
Vocação. Ato de chamar, inclinação, propensão ou aptidão para um estado ou profissão, predestinação, talento.

Deus nos chamou e nos vocacionou conforme o Seu propósito eterno: nos tornarmos uma familia de muitos filhos semelhantes a Jesus para a glória de Deus Pai, isto deve ser para nós, muito mais do que uma matéria de estudo, mas um verdadeiro motivo e roteiro de vida.

Aplicação. Jesus disse que foi Ele quem nos escolheu e nos designou para irmos e darmos frutos que permaneçam (João 15.16). Temos da parte de nosso Senhor e Salvador uma vocação e um chamado, que não se limita ao perdão dos nossos pecados e à salvação. O que já seria bastante. No entanto, o preço pago por Cristo na cruz fala de um resgate para algo ainda maior: que Cristo em nós seja a esperança da Glória. “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1.27).

Oração. Peça a Deus que ilumine os olhos do seu entendimento a fim de compreender a esperança do seu chamado e vocação de ser um filho de Deus que é parte e participante de Sua grande familia de muitos filhos semelhantes a Jesus, o primogênito.

Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes?

IGREJA BATISTA EM CÉLULAS YAVEH SHAMAH – 21 de Outubro de 2007 – KOINONIA.

O texto que vamos trabalhar hoje foi escrito pelo Pr. Charles Haddon Spurgeon.
Charles Haddon Spurgeon (1834-92) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século dezenove. Spurgeon converteu-se em Colchester em 6 de janeiro de 1850, e foi batizado no Rio Lark em Isleham em 3 de maio de 1850. Pregou seu primeiro sermão na cidade de Cottage, neste mesmo ano. Alguns de seus parentes sugerem que Charles Spurgeon entrou em uma escola religiosa independente logo após sua conversão, mas por ter uma visão diferente da ensinada por esta escola, decidiu então se juntar a uma congregação anabatista em Cambridge. Em 1854, apenas quatro anos após sua conversão, Spurgeon, então com apenas vinte anos, se tornou pastor da famosa Igreja Batista de New Park Street em Londres (anteriormente pastoreada pelo grande teólogo John Gill). A congregação rapidamente cresceu mais do que seu prédio poderia comportar, mudando-se então para o Exeter Hall, e de lá para o Surrey Music Hall. Nestes locais Spurgeon freqüentemente pregou para audiências com mais de 10.000 pessoas - e tudo isto em dias anteriores ao advento da amplificação eletrônica. Em 1861 a congregação se mudou definitivamente para o recém construído Tabernáculo Metropolitano.
Os sermões do Pr. Spurgeon são amplamente distribuídos e foram traduzidos em muitas línguas, sendo especialmente populares nos Estados Unidos. O conjunto dos trabalhos impressos do Pr. Spurgeon é volumoso. Sendo que uma de suas obras mais conhecidas é o livro intitulado "O Tesouro de Davi". Praticamente todos os trabalhos impressos do Pr. Spurgeon estão disponíveis hoje, seja através de publicações ou na Internet. Estima-se que mais de 3.560 de seus sermões sejam ainda publicados na Inglaterra ou nos Estados Unidos.


Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes?

Texto: João 6. 41-71

Um mal está no declarado campo do Senhor, tão grosseiro em seu descaramento, que até o mais míope dificilmente deixaria de notá-lo durante os últimos anos. Ele se tem desenvolvido em um ritmo anormal, mesmo para o mal. Ele tem agido como fermento até que toda a massa levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso quanto sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las.

Quando Spurgeon disse estas coisas o fermento começava a ser colocado. Hoje já está tão levedado, que as pessoas já não percebem mais a diferença. O joio cresceu tanto, que é preciso muita atenção para descobrir entre ele o trigo. Tudo isso indica, porém, que a colheita se aproxima. Você pode ainda se converter e, uma vez convertido, manter-se firme para não se escandizar nem esfriar a sua fé diante de tanta iniquidade. Porque o entretenimento tomou o lugar do verdadeiro culto. O culto que deveria ser para Deus tornou-se um festival para distrair os assistentes.

Da pregação em alta voz, como faziam os Puritanos, a Igreja gradualmente baixou o tom de seu testemunho, e então tolerou e desculpou as frivolidades da época. Em seguida ela as tolerou dentro de suas fronteiras. Agora as adotou sob o argumento de atingir as massas.

A mensagem que deveria ser de denúncia ao pecado e chamada ao arrependimento tornou-se um “passa a mão na cabeça, pois não podemos ferir as pessoas com as inconveniências das palavras duras”. Com isso o pecado que antes estava fora da igreja e era condenado, passou a ser tolerado, depois entrou dentro da igreja, que abaixou o nível porque quer alcançar as pessoas, falando a linguagem do mundo e não sendo muito diferente dele.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento para as pessoas não está dito em parte nenhuma das Escrituras como sendo uma função da Igreja. Se este é um trabalho Cristão, porque Cristo não falou dele? "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15). Isto está suficientemente claro. Assim teria sido se Ele tivesse adicionado "e proporcionem divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho." Nenhuma destas palavras, contudo, são encontradas. Não parecem ter-lhe ocorrido.

O que o Senhor Jesus ordenou foi: “preguem o Evangelho... façam discípulos... sejam testemunhas no poder do Espírito Santo”. Em nenhum momento ele disse que devemos divertir as pessoas.

Então novamente, "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores... para a obra do ministério" (Efésios 4:11-12). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia no que diz respeito a eles. Foram os profetas perseguidos porque divertiram o povo ou porque o rejeitaram? Em concerto musical não há lista de mártires.

Os servos de Deus que vemos na Bíblia e que viveram depois amaram a Jesus mais do que o mundo e obedecer a Deus era mais importante do que agradar as pessoas. Houveram muitos mártires entre os discípulos a partir de Estevão, que foi apredejado até a morte e Tiago, que foi decapitado. Os apóstolos foram presos, açoitados e mortos. A igreja é um povo que não vive em conformidade com este mundo. Por esta razão não pode ser elogiada, condecorada e premiada por este mundo. Se assim ocorrer algo está errado, pois o Jesus disse em João 15.18-25 (não deixe de ler). A maior conquista e o maior prêmio de um cristão é ser perseguido e morrer por causa da sua obediência e amor ao seu Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Além disto, prover divertimento está em direto antagonismo com o ensino e a vida de Cristo e de todos os seus apóstolos. Qual foi a atitude da Igreja quanto ao mundo? "Vós sois o sal" (Mateus 5:13), não o doce açucarado - algo que o mundo irá cuspir e não engolir. Curta e severa foi a expressão: "deixa os mortos sepultar os seus mortos." (Mateus 8:22) Ele foi de uma tremenda seriedade.

De tudo o mundo faz brincadeira e até piadas. Certamente o que se espera entre amigos é que sejam cúmplices um do outro. Porém isso jamais será o verdadeiro amor, mas conivência e companheirismo de conveniência. Ser sal e fazer diferença sua presença e a denúncia do erro. Se assim a igreja agir verdadeiramente se tornará um inconveniente para o mundo, que o mundo tratará de expulsar. Porém o máximo que podem fazer é matar. Jesus disse que não devemos temer os que podem matar somente o corpo e nada mais podem fazer. Mas a morte de um cristão fiel é seu prêmio, pois o seu galardão – a coroa da vida – o aguarda e lhe será dada pelo próprio Senhor, que o receberá na glória com um grande “bem vindo servo fiel”. Aleluia!

Se Cristo introduzisse mais brilho e elementos agradáveis em Sua missão, ele teria sido mais popular quando O abandonaram por causa da natureza inquiridora de Seus ensinos. Eu não O ouvi dizer: "Corra atrás destas pessoas, Pedro, e diga-lhes que nós teremos um estilo diferente de culto amanhã, um pouco mais curto e atraente, com pouca pregação. Nós teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que certamente se agradarão. Seja rápido Pedro, nós devemos ganhar estas pessoas de qualquer forma". Jesus se compadeceu dos pecadores, suspirou e chorou por eles, mas nunca procurou entretê-los.

A pregação não tem como finalidade entreter as pessoas, mas confrontar os pecados. As pessoas não são maravilhosas. As pessoas são pecadores que precisam se arrepender e consertar os seus caminhos diante de Deus. Não é apenas melhorar algumas coisas para que elas se sintam bem. Hoje existem muitas propagandas como: adquira tal bem e você será mais feliz. Emagreça e voce se sentirá melhor. Para de fumar e tenha mais saúde. Pense positivo e seja um vencedor. Tudo isto distrai as pessoas que gostam de ser bajuladas e acariciadas em suas vaidades e orgulho. Os ensinos de Jesus tratam de maneira séria o estado espiritual do homem. “Eu te amo, mas te aceito apenas com a condição de tu seres somente meu. Não te dividirei e tudo que é meu tu terás também. Eu te dou a minha carne o o meu sangue para tu beberes. Assim eu viverei em ti e tu veverás por mim”. Os ouvintes de Jesus entenderam tão bem estas palavras que disseram: assim não dá para nós. Vamos embora. Queremos algo mais leve, menos exigente. Algo que possamos ainda continuar com governo de minha vida. Eles abandonaram Jesus e já não andavam mais com Ele. Somente os doze permaneceram, pois diziam para onde iremos, tu tens as palavras da vida eterna e temos cirdo e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente. Jesus deixou aquelas pessoas irem. Ele não diminuiu as exigências e não facilitou as coisas para que as pessoas que foram voltassem. O caminho da cruz é realmente penoso. Não são todos que querem. Seguir a Jesus implica em renunciar a tudo por causa do Reino de Deus. É adquirir a pérola de maior valor. Hoje muitos vedem esta pérola para adquirir os tesouros e prazeres transitórios deste mundo.

Em vão serão examinadas as Epístolas para se encontrar qualquer traço deste evangelho de entretenimento! A mensagem delas é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!" É patente a ausência de qualquer coisa que se aproxime de uma brincadeira. Eles tinham ilimitada confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

O único recurso que nos foi dado pelo Senhor para ganhar vidas para Ele e fazer discípulos é a pregação do Evangelho. A fé vem de ouvir e ouvir a Palavra da pregação, o Evangelho (Romanos 10.17).

Após Pedro e João terem sido presos por pregar o evangelho, a Igreja teve uma reunião de oração, mas eles não oraram: "Senhor conceda aos teus servos que através de um uso inteligente e perspicaz de inocente recreação possamos mostrar a estas pessoas quão felizes nós somos." Se não cessaram de pregar a Cristo, não tiveram tempo para arranjar entretenimentos. Dispersos pela perseguição, foram por todos lugares pregando o evangelho. Eles colocaram o mundo de cabeça para baixo (Atos 17.6). Esta é a única diferença! Senhor, limpe a Igreja de toda podridão e refugo que o diabo lhe tem imposto, e traga-nos de volta aos métodos apostólicos.

Se queremos ganhar pessoas para Jesus e conquistar a salvação de suas almas, não apenas atraí-las devemos pregar o Evangelho. O amor de Jesus foi revelado numa cruz. Nossos pecados são purificados por meio do sangue arrancado do corpo de nosso Salvador com aflição, chicotes, cravos e lança até esgotar última gota e Ele expirar na Cruz bradando: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Nesse momento o véu no templo rasgou-se de alto abaixo. Ali nossa salvação foi conquistada, não foi em palco ilumidado, nem com palavras divertidas e risadas. Deus, tenha misericórdia! Acorda-nos enquanto é tempo!

Finalmente, a missão de entretenimento falha em realizar os fins desejados. Ela produz destruição entre os novos convertidos. Permita que os negligentes e escarnecedores, que agradecem a Deus pela Igreja os terem encontrado no meio do caminho, falem e testifiquem. Permita que os oprimidos que encontraram paz através de um concerto musical não silenciem! Permita que o bêbado para quem o entretenimento dramático foi um elo no processo de conversão, se levante! Ninguém irá responder. A missão de entretenimento não produz convertidos. A necessidade imediata para o ministério dos dias de hoje é crer na sabedoria combinada à verdadeira espiritualidade, uma brotando da outra como os frutos da raiz. A necessidade é de doutrina bíblica, de tal forma entendida e sentida, que coloque os homens em fogo.

Precisamos do fogo santificador do Espírito Santo como João disse que Jesus nos batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Toda palha será queimada e o trigo guardado nos celeiros de Deus. O atual movimento gospel não tem produzido convertidos, mas convencidos. Pessoas arrogantes que se dizem cristãs, mas vivem conformadas com os padrões do mundo. Simpatizam com o mundo e o mundo simpatizam com elas. A Palavra diz que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele. Há muita negligência e escárnio com relação a Palavra da verdade que tem sido blasfemada pelos incrédulos.

Igreja, vamos acordar. Não é com brincadeiras e entrenimento que conquistaremos o mundo. O ministério da Igreja não é entreter bodes, mas apascentar as ovelhas do Senhor Jesus. Pedro, tu me amas? Então apascentas as minhas ovelhas.
Texto do Pr. Charles Haddon Spurgeon (1834 a 1892) , comentado por Pr. Ediner Joaquim Bastos, em Outubro de 2007.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O RADICALISMO DA CRUZ

O RADICALISMO DA CRUZ. – Gálatas 6.14.
“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Nos velhos tempos Romanos a cruz não conhecia acordo; ela nunca fez concessões. Sem perdão e sem diálogo toda questão era resolvida com a morte.

Ela venceu todas as suas disputas matando o seu oponente e silenciando-o de uma vez para sempre. Ela não poupou Cristo, mas o matou assim como aos outros. Ele estava vivo quando O penduraram naquela cruz e completamente morto quando O tiraram dela seis horas mais tarde. Isso era a cruz. E esta foi a primeira vez que apareceu na história Cristã.

Depois que Cristo ressuscitou ao levantar-se da morte, os apóstolos saíram para pregar Sua mensagem, e aquilo que pregavam era a cruz.

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1Coríntios 1.23).

“Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Coríntios 2.2)

Onde quer que eles fossem pelo mundo afora carregavam a cruz e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de um perseguidor de Cristãos para um crente gentil e um apóstolo da fé. O poder da cruz transformou homens pecadores em santos. Ela livrou os crentes da longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo Ocidental. Tudo isto ela fez e continua a fazer enquanto for permitido permanecer sendo o que era originalmente: uma cruz.

O poder da cruz acabou quando foi mudada de instrumento de morte para algo de belo, ostensivo e símbolo religioso. Quando os homens fizeram dela um símbolo, pendurando-a aos seus pescoços como um ornamento ou fizeram seu esboço diante das suas faces como um sinal mágico para repelir o maligno, então ela se tornou na melhor das hipóteses um fraco emblema, e na pior das hipóteses um amuleto da sorte. Dessa maneira ela é venerada hoje em dia por milhões que não sabem absolutamente nada sobre o seu poder.

A cruz alcança seu fim pela destruição de um padrão estabelecido e pela criação de um outro padrão, seu próprio. Assim, ela tem sempre seu estilo. Ela vence através da derrota do seu oponente e imposição da sua vontade sobre ele. Ela sempre domina. Ela nunca se compromete, nunca negocia nem concede, nunca renuncia um ponto por motivo de paz e harmonia com outras pessoas, sejam conceitos ou filosofias. A cruz não se importa com a paz; ela se importa somente em acabar com sua oposição o mais rápido possível.


Com perfeito conhecimento de tudo isto Cristo disse, “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Assim a cruz não somente provoca um fim à vida de Cristo, ela também dá fim à primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus verdadeiros seguidores. Ela destrói o velho padrão, o padrão de Adão, na vida do crente e o conduz a um fim. Então o Deus que ressuscitou Cristo da morte ressuscita o crente e se inicia uma nova vida, a vida de Cristo.

Isto, e nada menos, é Cristianismo verdadeiro, entretanto não podemos deixar de reconhecer a divergência crucial deste conceito daquele defendido pelos membros evangélico de hoje. Porém não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz permanece bem acima das opiniões dos homens e para aquela cruz todas as opiniões devem finalmente ir para julgamento. Uma liderança superficial e mundana modificaria a cruz para agradar os entretenimentos loucos dos religiosos que terão a sua diversão mesmo dentro do santuário; mas agir assim é procurar desastre espiritual e se expor ao perigo da ira do Cordeiro transformado em Leão. Muitos vivem a emoção da alma, os pulos, os gritos, os choros, as cantorias, mas falta a morte da velha natureza pecaminosa. Falta a verdadeira vida de Cristo.

Devemos fazer algo com relação à cruz, e somente uma de duas coisas podemos fazer fugir dela ou morrer nela. Se formos tão imprudentes para fugir devemos por este ato pôr de lado a fé de nossos pais e fazer do Cristianismo alguma outra coisa exceto o que ele é. Então teremos deixado somente a vazia linguagem da salvação; o poder se apartará com nosso afastamento da verdadeira cruz.

Se formos sábios faremos o que Jesus fez; enfrentaremos a cruz e desprezaremos a vergonha pela alegria que está colocada diante de nós.

“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” Hebreus 12.2.

Fazer isto é entregar todos os padrões das nossas vidas para serem destruídos e reconstruídos no poder de uma vida eterna. Descobriremos que isto é mais do que poesia, mais do que doce melodia e sentimento nobre. A cruz cortará em nossa vida onde ela fere mais, sem poupar nem a nós nem nossas reputações cuidadosamente cultivadas.

É a cruz que vai nos derrotar e levar nossas vidas egoístas a um fim. Somente então poderemos nos levantar em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras (Romanos 6.3,4 e Efésios 2.10).

A mudança de atitude em relação a cruz que vemos nos padrões modernos não prova que Deus tenha mudado, nem que Cristo tenha facilitado na Sua exigência de que carreguemos a cruz; antes significa que a Cristandade atual se afastou dos padrões do Novo Testamento. Precisamos de arrependimento e restaurar a cruz para o seu lugar correto na vida da Igreja e na vida de cada um nós.
Fonte: A Cruz é algo Radical (A.W. Tozer).

sábado, 6 de outubro de 2007

Parábola das Dez Virgens

PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS – Mateus 25.1-13 (Domingo, 30/09/2007).

O costume dos casamentos orientais. Jesus na sua primeira vinda anuncia a segunda. A mensagem de Jesus foi voltada para o arrependimento, pois o Reino de Deus está próximo. A importância da parábola das 10 virgens está na proparação para a segunda vinda do Senhor.

“Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mateus 23.39).

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 24.30,31,39. 43-51).

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25.31-46).

A primeira vinda foi para pagar o “dote” pela sua noiva, a igreja. Ele voltará para as bodas. Finalmente, julgará as nações e o diabo. Assim estabelecerá o reino messiânico por mil anos. Depois reinará com a Igreja na Nova Jerusalém.

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20.6).

“E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21.9-11,27).
Somos como igreja a noiva.

Em termos de preparação, testemunho e luz, as virgens que esperam o Noivo para entrar na festa de casamento.

Como está a sua lâmpada? Há nela azeite?

Compre hoje: fé, vida, poder e unção do Espírito Santo.